A defesa do general Walter Braga Netto pediu na noite de quarta-feira (15) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a devolução de aparelhos eletrônicos apreendidos pela Polícia Federal (PF) na investigação sobre a tentativa de golpe de Estado.
Entre os itens estão celular, pendrives e computador, apreendidos em quatro endereços vinculados a Braga Netto durante a Operação Tempus Veritatis, deflagrada em 8 de fevereiro de 2024.
A defesa argumenta que o conteúdo dos aparelhos já foi extraído e, inclusive, utilizado na elaboração do relatório final das investigações, que culminou no indiciamento do general.
“A manutenção dos aparelhos e mídias apreendidos não mais interessa ao processo, permitindo sua restituição”, escreveu a defesa.
As perícias iniciais nos materiais apreendidos em 2024 apontaram para o envolvimento do militar na articulação política para tentativa de golpe, inclusive, com planos e confecções de documentos.
Braga Netto, que é ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL), está preso preventivamente desde 14 de dezembro. O militar é suspeito de tentar obter dados da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
A PF argumentou que sua liberdade poderia representar risco à ordem pública, já que ele teria condições de cometer novos atos que poderiam interferir na investigação.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Braga Netto pede devolução de itens apreendidos no inquérito do golpe no site CNN Brasil.