A inglesa Rebecca Dorman, 33 anos, passou dois anos tomando remédios para dor nas costas constantemente, acreditando que o incômodo era reflexo do tamanho de seus seios.
Em outubro de 2024, no entanto, Rebecca descobriu que aquele era o primeiro sintoma de linfoma de Hodgkin, um câncer no sistema linfático.
“Achei que ter os seios grandes poderia ser a razão daquilo. Fiz massagens esportivas e corretivas, fui a um osteopata e ele atribuiu isso a músculos tensos”, recorda em entrevista ao jornal The Sun.
Rebecca só procurou ajuda quando começou a sentir uma coceira “insuportável” nas pernas e nos pés e percebeu que os gânglios linfáticos do pescoço e da virilha estavam inchados.
Embora os três primeiros médicos tenham informado não haver nada de errado, já que exames de sangue não mostravam anormalidades, ela continuava a sentir dores. Depois de três meses em busca de uma resposta, Rebecca precisou ser internada por 26 dias. Nesse período, passou por uma biópsia no pescoço que levou ao diagnóstico de câncer em estágio avançado.
“Chorei de alívio quando a enfermeira disse que os gânglios linfáticos estavam todos inchados. Isso me fez saber que não era coisa da minha cabeça, na verdade havia algo errado comigo”, afirma.
Linfoma de Hodgkin
O linfoma de Hodgkin é um tipo de câncer que se origina no sistema linfático e se espalha de forma ordenada, de um grupo de linfonodos para o outro, por meio dos vasos linfáticos.
A doença pode ocorrer em qualquer faixa etária, porém é mais comum entre adolescentes, adultos com 19 a 39 anos e maiores de 75 anos.
Sintomas do câncer
Os sintomas da doença dependem da localização do câncer. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), caso se desenvolva no pescoço, axilas e virilha, o paciente pode ter a formação de ínguas (linfonodos inchados) indolores nestes locais. Se a doença ocorre na região do tórax, ele pode ter tosse, falta de ar e dor torácica. Quando surge na pelve ou no abdômen, surgem os desconfortos e distensão abdominal.
Fadiga, febre, suor noturno, perda de peso sem motivo aparente e coceira no corpo são outros sinais de alerta do linfoma de Hodgkin.
“No começo, a dor nas costas me mantinha acordada à noite. Também tinha calafrios, mas pensei que eram os meus músculos tendo contrações involuntárias. Na verdade, era um sintoma completamente diferente”, conta Rebecca.
“Eu estava no chuveiro me lavando e foi quando descobri uma área inchada na minha virilha, que era onde também estava sentindo muita dor”, conta.
Tratamento
Rebecca começou a fazer quimioterapia assim que recebeu o diagnóstico e seguirá com as sessões até março. “Estou muito grata por estar fazendo quimioterapia. Espero estar no caminho da remissão”. Ela usa as redes sociais para conscientizar outras pessoas a procuraram ajuda médica assim que perceberem alterações em seus corpos.
Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto!
Fonte: Metrópoles