Deve ocorrer a qualquer momento, na tarde desta terça-feira, o esperado encontro do prefeito Tião Bocalom (PL) com o governador Gladson Cameli (PP). Será a hora de o governador ouvir como o gestor municipal pretende honrar o acordo celebrado na campanha. Esse acordo, aliás, foi pela governabilidade do Estado e da Prefeitura de Rio Branco, como condição para que o governo apoiasse a candidatura do prefeito quando ele, Bocalom, estava sendo derrotado pelo engenheiro Marcus Alexandre (MBD), segundo as pesquisas eleitorais da época.
“O prefeito sabe que só foi reeleito com as bênçãos do governador e do Partido Progressista. Ele (Gladson) é governador, e, como tal, não vai se sujeitar a humilhações. Não é do feitio do Gladson mendigar nada. Aliás, ele próprio tem dito que acordos se cumprem”, disse reservadamente o integrante do alto escalão do governo, há pouco. “Não se espante se o governador levantar da mesa se vier da parte do prefeito alguma proposta indecorosa”, finalizou.
Há rumores de que pelo menos três secretarias poderiam ser negociadas para o PP, não necessariamente ocupadas por algum dos seis vereadores da legenda (a maior bancada da Câmara Municipal). Seriam elas a Educação, que tem um gestor informal, sem formação para o cargo e alvo de muitas críticas em razão disso; a Secretaria da Zeladoria, antes ocupada pelo agora presidente da Câmara, Joabe Lira; e a Emurb *Empresa Municipal de Urbanismo) – estas duas últimas essenciais para tocar obras estruturantes na cidade e promover ambiente limpo e humanizado.
Bocalom terá a grande chance de provar que, ao contrário das críticas pontuais, não tem um grande defeito como gestor público: governar para amigos