Enquanto a base quer priorizar projetos enviados pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), a oposição na Câmara Municipal de São Paulo quer discutir os serviços de mototáxi na capital.
Os vereadores paulistanos iniciaram os trabalhos em 2025 nesta terça-feira (4), com uma reunião do colégio de líderes e discursos no Plenário 1° de Maio.
Atualmente, dois projetos sobre os serviços de mototáxi tramitam na Câmara: um pela regulamentação e autorização dos serviços — defendido pela oposição — e outro pela proibição — medida defendida por Nunes.
Para o líder do governo, Fábio Riva (MDB), a pressão de vereadores tanto da oposição, e também da base de Nunes, para discutir a questão não deve acelerar a tramitação dos projetos.
“Acredito que a Câmara vai se debruçar nesse assunto no momento oportuno”, analisou.
Nunes tem buscado proibir os serviços de mototáxi na capital, classificados por ele como algo com potencial de criar uma “carnificina” no trânsito. Os serviços passaram a ser oferecidos na capital pela 99 e a Uber mesmo sem acordo com a prefeitura. Por ora, eles estão suspensos por ordem judicial.
A liderança do governo quer concentrar o foco em um projeto a ser enviado em breve pelo prefeito, que visaria criar um conselho tributário para servir como instrumento de defesa dos contribuintes da capital.
Na esfera estadual, há um Conselho de Defesa do Contribuinte. A instância, com representantes do estado e do setor produtivo, funciona como um canal para sugestões e reclamações dos contribuintes sobre seus direitos e garantias em relação aos tributos estaduais.
Oposição quer discutir
Já o líder do PSOL, vereador Toninho Vespoli, acredita que a questão da mobilidade, especialmente do mototáxi, é a principal pauta a ser discutida neste início de legislatura.
Ele afirma que a oposição é favorável à regulamentação do serviço.
“A nossa intenção é trabalhar pela regulamentação do mototáxi na cidade de São Paulo. Temos que pensar na segurança e, de repente, em propostas para operação não na cidade inteira, mas em regiões da cidade como as periferias, onde eles já atendem”, disse.
“E nós também temos que pensar qual é o papel das empresas de aplicativo nesse processo. Até o momento, parece que eles não têm responsabilidade nenhuma”, acrescentou.
A oposição agendou, para sexta-feira (7), uma audiência pública para discutir os serviços de mototáxi na capital. A prefeitura, assim como plataformas que oferecem o serviço, foi convidada a enviar representantes para a discussão.
Outro tema que também deve ser discutido pelos parlamentares é a prevenção de enchentes na cidade de São Paulo.
No momento, há uma enchente em curso no Jardim Pantanal, bairro vizinho ao rio Tietê, na zona leste da capital. Na região, famílias estão ilhadas há três dias, com as águas sujas invadindo as casas.
A realocação de moradores do bairro, que historicamente sofre com enchentes, por meio de uma ajuda financeira é uma das possibilidades avaliadas pela prefeitura. Na Câmara, a oposição pleiteia abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre os problemas do Jardim Pantanal.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Base de Nunes e oposição divergem em priorizar discussões sobre mototáxi no site CNN Brasil.
Fonte: CNN