O Hamas reiterou em um comunicado nesta terça-feira (11) o compromisso do grupo com o acordo de cessar-fogo com Israel para a Faixa de Gaza.
O grupo palestino acrescentou que responsabiliza Israel por quaisquer “complicações ou atrasos”.
As declarações do Hamas são feitas após uma ameaça do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de que o Exército israelense retomará a ofensiva em Gaza se o grupo não libertar reféns até o meio-dia de sábado (15) — no horário local —, conforme o planejado.
Na segunda-feira (10), o grupo acusou Israel de violar o acordo e afirmou que suspenderá a libertação de reféns até que isso seja resolvido.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sugeriu na segunda-feira (10) que Israel cancele o cessar-fogo e “deixe o inferno acontecer” a menos que o Hamas liberte todos os reféns restantes até sábado.
Essa exigência vai além do acordo fechado entre o grupo palestino e Israel.
Entenda o conflito na Faixa de Gaza
O governo de Israel e o Hamas concordaram com um cessar-fogo para a Faixa de Gaza e libertação gradual de reféns e prisioneiros palestinos. Saiba detalhes da negociação nesta matéria.
Israel realizou intensos ataques aéreos na Faixa de Gaza desde 2023, após o Hamas ter invadido o país e matado 1.200 pessoas, segundo contagens israelenses. Além disso, o grupo mantém dezenas de reféns.
O Hamas não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense para a Palestina.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu diversas vezes destruir as capacidades militares do Hamas e recuperar as pessoas detidas em Gaza.
Além da ofensiva aérea, o Exército de Israel faz incursões terrestres no território palestino. Isso fez com que grande parte da população de Gaza fosse deslocada.
A ONU e diversas instituições humanitárias alertaram para uma situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza, com falta de alimentos, medicamentos e disseminação de doenças.
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