Ter uma vida social ativa pode atrasar início da demência em 5 anos

Visitar amigos, frequentar festas e participar de atividades religiosas pode ser mais do que um simples passatempo. Um novo estudo mostra que quem leva uma vida social ativa é capaz de viver cinco anos a mais sem ter indícios de demência.

O número foi apresentado na pesquisa conduzida no Rush University Medical Center, nos Estados Unidos, e publicado na edição de janeiro da revista Alzheimer’s & Dementia.

Segundo a investigação, idosos mais engajados socialmente podem adiar o surgimento da doença a partir do fortalecimento de seus circuitos neurais, constantemente estimulados com novas informações.

Como a interação social protege o cérebro?

Segundo o neurologista Bryan James, líder do estudo, o engajamento social dos voluntários se revelou capaz de deter até comprometimentos cognitivos leves.

“A atividade social desafia adultos mais velhos a participar de trocas interpessoais complexas, o que poderia promover ou manter redes neurais eficientes em momentos em que é crucial conservá-las para não perdê-las”, disse James.

O convívio e o engajamento com outras pessoas parecem tornar os circuitos neurais mais resistentes ao acúmulo de proteínas tóxicas e à deterioração da memória e pensamento, o que explica o efeito protetor.

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Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista

Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce
Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano
Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença
Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns
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Alzheimer é uma doença degenerativa causada pela morte de células cerebrais e que pode surgir décadas antes do aparecimento dos primeiros sintomas

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Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista

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Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce

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Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano

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Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença

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Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns

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Segundo pesquisa realizada pela fundação Alzheimer’s Drugs Discovery Foundation (ADDF), a presença de proteínas danificadas (Amilóide e Tau), doenças vasculares, neuroinflamação, falha de energia neural e genética (APOE) podem estar relacionadas com o surgimento da doença

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O tratamento do Alzheimer é feito com uso de medicamentos para diminuir os sintomas da doença, além de ser necessário realizar fisioterapia e estimulação cognitiva. A doença não tem cura e o cuidado deve ser feito até o fim da vida

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Como foi feito o estudo?

A pesquisa acompanhou 1.923 idosos, todos sem demência, com média de 80 anos. Eles foram avaliados ao longo de seis anos, por meio de questionários neuropsicológicos e exames de saúde anuais. Desse grupo, 545 desenvolveram demência e 695 apresentaram comprometimento cognitivo leve.

A atividade social foi mensurada por meio de um questionário que avaliou a frequência de participação em seis tipos de atividades comuns, como visitar amigos, frequentar restaurantes ou eventos esportivos, ir à igreja, realizar trabalho voluntário, participar de jogos com amigos e fazer viagens.

A função cognitiva foi analisada com 21 testes, que avaliaram memória, velocidade perceptiva e capacidade de localização espacial. Mesmo após ajustes para fatores como idade, nível de exercício físico e saúde geral, os mais socialmente ativos mostraram taxas menores de declínio cognitivo.


Confira os resultados detalhados

  • Os dados mostram que idosos mais ativos socialmente têm um risco 38% menor de desenvolver demência.
  • Entre os mais ativos, a média de idade de diagnóstico com demência foi de 93 anos.
  • Entre os menos sociáveis, a idade média de diagnóstico foi de 89 anos.
  • Já o risco de sofrer comprometimento cognitivo leve nos mais ativos foi 21% menor.
  • O atraso no surgimento da doença pode gerar uma economia significativa, com 40% menos custos de despesas médicas nas três décadas finais de vida.
  • Ser socialmente ativo, segundo eles, também resultaria em três anos adicionais de vida.

Futuras pesquisas feitas pelo grupo devem investigar se intervenções que promovam a socialização podem retardar ou prevenir o declínio cognitivo.

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Fonte: Metrópoles

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