É escancarado o privilégio dado pelo Governo do Acre à empresária Gabriela Câmara. Sem entender patavina sobre as missões do Instituto de Terras, a filha da missionária Antônia Lúcia, virtual candidata a deputada estadual, não comparece na diretoria para a qual foi nomeada com salário de R$ 16 mil.
A distinta dá maior atenção ao Completo Amazônia, emissora de rádio e TV da família inaugurado na semana passada com a presença do presidente Bolsonaro. Ela desafia a lei da Física ao propor ancorar um de seus programas e ao mesmo tempo cumprir a Lei do Servidor Público, dedicando-se exclusivamente à sua missão no Iteracre.
A reportagem tenta falar com Câmara desde a quinta passada, sempre ligando para o telefone do Iteracre (ela não atende ao celular pessoal). A última ligação, feita há pouco, durou 5 minutos. O tempo todo a chefe de gabinete Risila Melo da Costa faz uma busca dentro da repartição a fim de localizar a empresária.
Depois de muito tempo esperando, um servidor subordinado a ele diz ao repórter que Gabriela “não tem hora pra chegar”. Disse ainda que, na sexta, ela estava “representando o estado em agenda de inauguração da ponte” (na verdade era o lançamento da obra) em Sena Madureira.
Pergunto:
Qual a necessidade de um magote de puxa saco abandonar suas funções para “representar” o estado numa agenda com a presença do governador?
A Casa Civil atende pedidos de nomeações sem critérios de eficiência.
A construção de apoio político é crime quando se usa o aparato público (máquina governamental) para tal.
E mais: Dão prioridade a família milionárias, que não precisam do serviço público, e desprezam profissional capacitados a melhorar a prestação do serviço á sociedade.
Eis o critério.