O relatório de 2022 da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou que mais de 76 milhões de pessoas passaram a sofrer com ansiedade no primeiro ano da pandemia. Além disso, o documento apontou que o Brasil é considerado o país mais ansioso do mundo, com 19 milhões de pessoas sofrendo com o transtorno no país. Por isso, falar sobre saúde mental se mostra cada vez mais relevante.
Conforme a médica especializada em saúde mental, com foco em ansiedade e depressão, Tamires Cruz, o efeito que a ansiedade tem em cada um depende de diversos fatores. No entanto, independente da gravidade e do tipo de transtorno, vários sintomas são comuns. A especialista destaca:
Sentimentos de pânico;
Medo e desconforto;
Preocupação excessiva;
Fadiga;
Comportamentos compulsivos;
Tonturas;
Náuseas;
Mãos frias e suadas.
Tamires ressalta que quem apresentar um desses sintomas regularmente deve ficar alerta. O ideal é consultar um médico para determinar se o indivíduo sofre de algum transtorno de ansiedade e qual a dimensão do problema. “A boa notícia é que ansiedade, como qualquer outro problema de saúde, tem tratamento”, afirma.
A ansiedade é uma espécie de condição psíquica caracterizada por preocupação constante e excessiva de que algo negativo possa acontecer. Segundo pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), é, ainda, uma sensação difusa de desconforto carregado por sentimento frequente de apreensão que pode desencadear transtornos
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De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país mais ansioso do mundo, e registrou ainda mais casos da condição durante a pandemia da Covid-19. Além de adultos, a ansiedade também pode se manifestar em crianças por diversos motivos, como divórcio dos pais, provas ou problemas na escola, por exemplo
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Apesar de ser considerada relativamente comum, uma vez que pode atingir qualquer pessoa por qualquer motivo, a ansiedade se torna um verdadeiro problema quando tudo vira motivo de preocupação exagerada e o paciente passa a apresentar crises
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A crise de ansiedade é uma situação que causa grande sensação de angústia, nervosismo e insegurança, como se algo de muito mau, e que foge completamente do controle, fosse acontecer a qualquer momento
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A crise surge, normalmente, devido a situações estressantes específicas e que geram gatilho, como precisar fazer uma apresentação, ter prazo curto para entregar um trabalho, estar em algum lugar que não gostaria ou ter sofrido uma perda, por exemplo
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Entre os sintomas de uma crise de ansiedade estão: batimentos cardíacos acelerados, sensação de falta de ar, formigamento no corpo, sensação de leveza na cabeça, dor no peito, náuseas, transpiração excessiva, tremores, entre outros
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Estes sintomas ocorrem devido ao aumento do hormônio adrenalina na corrente sanguínea, algo normal quando a pessoa enfrenta um momento importante. Contudo, se os sintomas se tornarem constantes, podem sinalizar um transtorno de ansiedade generalizada
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O que se deve fazer durante uma crise de ansiedade depende da gravidade e da frequência dos sintomas e, por isso, o ideal é sempre receber aconselhamento especializado, de um psiquiatra ou psicóloga
Apesar disso, realizar exercícios de respiração, ingerir chá calmante, tentar conversar com alguém de confiança, descansar, desligar a mente, fazer atividades físicas que goste ou tentar manter o pensamento em algo que dê conforto são algumas dicas que podem ajudar a aliviar o problema
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Quando a crise de ansiedade acontece pela primeira vez, ou não se tem certeza do que está acontecendo, é importante procurar um hospital para garantir que não seja outro problema mais grave, como o infarto
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De qualquer forma, caso as crises sejam frequentes, um especialista deve ser procurado para identificar a causa e iniciar um tratamento
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A ansiedade pode desencadear problemas que, dependendo dos sintomas, podem ser classificados como Transtorno de ansiedade generalizada (TAG), fobia social, síndrome do pânico, entre outros. Esses problemas podem gerar impacto na vida pessoal e profissional do paciente, por isso o quanto antes for diagnosticado, menos problemas serão enfrentados
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Como diminuir os impactos da ansiedade
Além de medicamentos, existem outras estratégias que podem ajudar a combater o problema, como a atenção plena. “Com ela, aprende-se a estar totalmente desperto e ativo, focado no presente, compreendendo que ele é o único momento em que qualquer um de nós precisa estar vivo”, explica a profissional.
Segundo a especialista, a prática é boa para combater a ansiedade porque faz com que a pessoa se preocupe menos com o que ocorreu no passado e com o que acontecerá no futuro.
Uma pessoa que experimenta estresse altera seus padrões respiratórios, por isso usar técnicas de respiração também ajuda a diminuir os sintomas de ansiedade. De acordo com a médica especializada em saúde mental, ao relaxar o corpo, respirar lenta e suavemente pelo nariz, a pessoa consegue equilibrar seus padrões respiratórios e acalmar o sistema nervoso.
“A respiração controlada altera o estado fisiológico, reduzindo a pressão sanguínea, a frequência cardíaca, os hormônios do estresse e aumentando a energia física e a sensação de calma e bem-estar”, explica.
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