O jovem tenista João Fonseca, de 18 anos, chegou ao Rio Open na noite de 17 de fevereiro, com grandes expectativas, carregando o peso de ser o novo destaque do Brasil no circuito profissional.
Quem é João Fonseca? Saiba tudo sobre ele!
Com menos de um ano atuando entre os melhores do mundo, ele já alcançou feitos expressivos e cativou a torcida brasileira, carente de um ídolo no tênis masculino desde a aposentadoria de Gustavo Kuerten em 2008.
No entanto, os holofotes pareceram pesar na estreia do torneio carioca, onde João enfrentou Alexandre Muller e não conseguiu desempenhar seu melhor jogo.
O nervosismo como adversário de João Fonseca
A estreia no Rio Open não foi como João esperava. O jovem admitiu que a pressão de jogar diante da torcida influenciou diretamente no seu desempenho em quadra.
“Eu sabia que o nervosismo ia bater, que eu precisaria enfrentar o medo de jogar com tanta gente. Tentei com todas as minhas forças encarar o momento e não consegui. Faz parte de qualquer esporte. É seguir aprendendo para melhorar no futuro. Estou triste pela derrota, mas, pensando pelo lado positivo, é experiência para as próximas vezes.”
O brasileiro também revelou sua maior frustração após a derrota para Muller.
“É saber que eu teria que enfrentar o nervosismo e não consegui. Não joguei meu jogo, com meu jeito alegre e feliz. Não consegui jogar com o público, ser eu dentro de quadra.”
Atualmente, João ocupa a 68ª posição no ranking da ATP e vem crescendo graças a uma série de bons resultados. Sua ascensão começou no próprio Rio Open em 2023, quando avançou até as quartas de final. Desde então, participou do Australian Open, venceu um top 10 mundial e conquistou títulos importantes, como o Next Gen ATP Finals e o ATP 250 de Buenos Aires.
Superação e foco no futuro
Apesar da frustração, João garantiu que a derrota não foi influenciada por cansaço ou problemas físicos, apesar do desgaste do torneio anterior.
“Eu estava 100% fisicamente. Tive duas boas noites de sono (depois do ATP de Buenos Aires), descansei bem. Estava zerado de dor também. Hoje não teve nada a ver com o físico, foi mais a parte mental.”
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O tenista pretende aprender com a experiência e seguir aprimorando seu jogo: “(Após o jogo contra Muller) Eu tive uma conversa com o meu treinador. Falei o que sentia. De hoje para amanhã, vou ficar triste, bravo comigo mesmo, mas é só o começo. Um dia depois do outro. Amanhã é descansar, e, na quinta, voltar aos treinos. Tênis é assim. Você pode perder mais do que ganhar. É seguir trabalhando para melhorar não só como atleta, mas também como pessoa.”
Mesmo com a eliminação, João recebeu muito apoio das arquibancadas. A torcida brasileira lotou a Quadra Guga Kuerten e demonstrou carinho pelo jovem atleta. A conexão com os fãs é algo que ele valoriza e considera um estímulo para continuar evoluindo.
“É uma honra. Estamos na profissão para ajudar outras pessoas, inspirá-las a jogar tênis e estar mais presentes no esporte. Ajudar o Brasil a ser um país do esporte novamente. Tento conseguir isso de alguma forma, mas só tenho a agradecer todo o apoio do povo brasileiro. Triste por não fazer mais um jogo com o melhor público do mundo, mas é seguir trabalhando para que eu tenha outros momentos como esse nos próximos anos.”
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Fonte: OFuxico