Bolsonaro usou cartão corporativo para financiar motociatas, diz Cid

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), afirmou, em delação premiada, que o ex-presidente utilizava recursos públicos para financiar as motociatas promovidas durante o mandato. Segundo Cid, os custos dos eventos eram pagos com o cartão corporativo da Presidência da República.

De acordo com o depoimento, Bolsonaro usava o cartão para cobrir despesas como transporte das motocicletas, hospedagem e alimentação da equipe de segurança que o acompanhava.

O Gabinete de Segurança Institucional (GSI), responsável pela proteção do presidente, também precisou adquirir novas motos para seguir Bolsonaro durante os eventos. Questionado pelos investigadores sobre como funcionava o financiamento das motociatas, Cid respondeu:

“A partir do momento que o ex-presidente Jair Bolsonaro decidiu andar de moto, o GSI teve de comprar motos similares a do ex-presidente para poder acompanha-lo; que para ir aos locais onde ocorriam as motociatas, por vezes, tiveram que embarcar as motos para que essas chegassem ao local do evento”, afirmou Cid.

As motociatas eram eventos que reuniam apoiadores de Bolsonaro em passeios de moto por diversas cidades do país. Elas se intensificaram em 2022, durante o período eleitoral. Na delação, Cid conta que os gastos com transporte das motos, além das despesas com seguranças, eram pagos com dinheiro público.

“Os gastos com as motos e seu transporte eram pagas, também, com o cartão corporativo; que os gastos de hospedagem e alimentação dos servidores, que faziam a segurança do presidente nas motociatas, eram arcadas com o uso do cartão corporativo”, revelou o documento da delação de Cid.

Esses trechos fazem parte da delação de Cid. Na quarta-feira (19), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou o sigilo do acordo firmado pelo ex-ajudante de ordens. Com a decisão, os 14 depoimentos prestados por Cid passaram a ser de conhecimento público.

Em janeiro de 2023, notas fiscais referentes a compras com o cartão corporativo, utilizado por Bolsonaro, mostraram que gastos provenientes de uma motociata feita pelo ex-mandatário foram pagos com dinheiro público.

O governo havia liberado o acesso aos gastos totais com o cartão, mas, com as notas, é possível saber onde o dinheiro foi gasto exatamente.

Nos documentos escaneados, é possível verificar que a Presidência da República considerou a motociata feita em São Paulo, em 12 de junho de 2021, como um evento oficial, também se referindo a ele como “motociata”.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Bolsonaro usou cartão corporativo para financiar motociatas, diz Cid no site CNN Brasil.

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