Infectologista: Não há perigo de novo coronavírus causar danos a humanos

Um novo coronavírus, denominado HKU5-CoV-2, foi descoberto em morcegos na China, conforme revelado por um estudo publicado na renomada revista científica Cell. A descoberta tem chamado a atenção da comunidade científica devido ao potencial do vírus de infectar células humanas.

Ao Agora da CNN neste sábado (22), o dr. Alexandre Naime, coordenador da Sociedade Brasileira de Infectologia, esclarece que este achado é resultado de uma vigilância genômica rotineira realizada em morcegos, conhecidos por abrigar milhares de vírus potencialmente transmissíveis a outros animais incluindo seres humanos.

Características do novo vírus

O HKU5-CoV-2 pertence a uma subfamília de coronavírus relacionada ao MERS (Síndrome Respiratória do Oriente Médio), que causou uma epidemia em 2012. Embora seja correlato ao vírus da Covid-19, o SARS-CoV-2, sua principal característica é o uso do mesmo receptor de entrada nas células humanas, o ACE2 (enzima conversora de angiotensina 2).

Esta descoberta é significativa, pois indica que o vírus potencialmente poderia infectar células humanas, como observado em experimentos laboratoriais. No entanto, Naime ressalta que a afinidade e a força de ligação deste novo vírus ao receptor ACE2 ainda não são tão intensas quanto as do SARS-CoV-2.

Importância da vigilância genômica

O infectologista enfatiza a necessidade de manter a vigilância genômica como uma lição aprendida durante a pandemia de Covid-19. Este tipo de estudo é crucial para identificar novos vírus e monitorar sua evolução, especialmente se forem detectados em animais de criação, como aves e porcos, que estão mais próximos do contato humano.

Dr. Naime destaca a importância do investimento contínuo em pesquisa científica e vigilância genômica, argumentando que o financiamento de institutos, universidades e pesquisadores é fundamental para prevenir futuras epidemias. Ele alerta para cortes de verbas e demissões em centros de vigilância, classificando tais ações como um retrocesso na luta contra potenciais ameaças virais.

Apesar da descoberta ser cientificamente relevante, o infectologista assegura que não há perigo imediato para os seres humanos. O vírus, agora mapeado, será monitorado em outros animais para compreender seu potencial de disseminação e patogenicidade.

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