Apropriação indébita: aluna de Direito usa R$ 77 mil de formatura no jogo do Tigrinho

Alunos de direito da Unidade Central de Educação Faem (UCEFF) de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, denunciaram a presidente da comissão de formatura por usar quase R$ 77 mil do fundo destinado para a festa em apostas on-line (veja mais abaixo). A Polícia Civil investiga o caso.

Uma das vítimas, Nicoli Bertoncelli Bison, 23 anos, contou que soube que não havia mais dinheiro pela própria colega que o gastou. Em um aplicativo de mensagem, menos de um mês antes da formatura, marcada para 22 de fevereiro, ela disse que perdeu a quantia.

“Eu perdi todo o dinheiro da formatura. Me viciei em apostas on-line, Tigrinho e afins, e quando perdi todo o dinheiro que eu tinha guardado, comecei a usar o da formatura para tentar recuperar. E aí, cada vez mais fui me afundando no jogo”, diz trecho da mensagem (veja print abaixo).

A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar o caso e disse que trabalha com duas linhas de investigação: apropriaçāo indébita ou estelionato.

Vítimas, testemunhas e a própria suspeita serão ouvidas nos próximos dias. A mulher disse ao g1 que se manifestará em breve.

Suspeita escreveu em grupo de conversas que havia usado o dinheiro — Foto: Reprodução

Suspeita escreveu em grupo de conversas que havia usado o dinheiro — Foto: Reprodução

Como aconteceu

Nicoli contou que os colegas contribuíram ao longo de três anos para garantir recursos para a formatura. O valor ficou concentrado na conta da suspeita, que havia se voluntariado para assumir a responsabilidade.

O grupo registrou um boletim de ocorrênciaNo documento, no qual o g1 teve acesso, as vítimas descrevem o seguinte:

  • um adiantamento de R$ 2 mil havia sido pago à empresa responsável pela formatura ao fechar o contrato.
  • O restante, R$ 76.992,00, deveria ser pago em dezembro de 2024.

Sem receber o dinheiro, e após algumas tentativas de contato com a presidente da comissão, a empresa chamou os estudantes em um ultimato, em janeiro, e relatou que a mulher afirmou não ter mais o dinheiro para o pagamento.

Segundo Nicoli, a suspeita sempre pareceu engajada na organização da formatura. “A gente não desconfiou de nada porque, desde o início, ela sempre foi muito assim: ‘vou atrás, vou fazer'”, contou.

“Não havia como a gente suspeitar dela, porque ela mostrou até o último segundo que estava tudo bem. Quem ia imaginar que, em um mês, o nosso sonho ia por água abaixo? Nunca passou pela nossa cabeça”, comentou.

A Polícia Civil informou que encaminhou representação à Justiça para rastrear e, se possível, recuperar o valor supostamente desviado. g1 entrou em contato com o órgão, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.

Planos para nova formatura

Enquanto buscam reaver os valores, a turma decidiu juntar dinheiro mais uma vez e tentar fazer a formatura acontecer em maio deste ano, com vaquinha on-line e eventos.

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