Militar de serviço e fardado não pode participar de manifestação. Isso caracteriza crime. Mas a ordem foi ensaiada internamente, aos que estariam na escala desta quarta-feira, no Corpo de Bombeiros do Acre. A categoria, que reivindica melhorias salariais, fará uma assembléia geral no Centro Administrativo de Rio Branco, ao meio-dia, nas imediações do Palácio e da Assembléia Legislativa.
Há pouco, a reportagem foi informada que os mais de 200 alunos foram liberados pela academia dos bombeiros. Eles têm a cabeça raspada e teriam sido orientados a comparecer ao movimento.
Se houver ocorrência de incêndio, resgate ou outra missão exclusiva dos bombeiros, o socorro será prejudicado, tanto pela defasagem de pessoal quando pelo tempo de chegada, considerando o trânsito caótico do horário.
O subcomandante Charles Santos, cotado para assumir o Comando Geral, negou que os plantonistas estejam autorizados a fazer protestos. “Não é verdade. Esta informação é equivocada, mas quem está de folga pode exercer esse direito”, disse.
Dias atrás, na entrega de veículos, o cabo Ferraz (foto abaixo), responsável pela disciplina e diretor do COBOM, antigo Ciosp, estava na linha de frente de militares que chamavam o governador de “mentiroso”. Ele não abriu procedimento para punir os responsáveis, já que a Lei Penal Militar veda agressões de qualquer tipo ao chefe do Executivo.
O cabo Lima, um dos diretores da Associação dos Bombeiros, foi questionado se as viaturas irão se deslocar ao Centro da cidade.
“Se isso acontecer é pra dar apoio”, disse ele.
Somente viaturas da Companhia de Trânsito seriam permitidas, para organizar o movimento de veículos, especialmente no horário de pico.
A informação
Jeep Renagade