Tony Bellotto, integrante da banda Titãs, anunciou nessa segunda-feira (3/3) que foi diagnosticado com um tumor no pâncreas. Por meio das redes sociais, o músico de 64 anos confirmou que fará uma pausa na carreira para passar por uma cirurgia e tratar o problema.
O guitarrista não deu mais detalhes sobre o caso e não informou se tem um tumor benigno ou maligno, por exemplo. Apesar do susto, Tony fez questão de tranquilizar os fãs.
“Eu estou tranquilo e confiante, enfrentando tudo com coragem e dignidade. Inspirado pelo nosso querido Branco Mello, que passou por tratamentos difíceis e agora está aí tocando, cantando e se divertindo nos shows. Nos vemos em breve”, disse.
Tumor no pâncreas
Nem todos os tumores no pâncreas são cânceres. Alguns são benignos — que não se espalham e não oferecem grandes riscos —, enquanto outros podem ser malígnos, com potencial para se espalhar para outros órgãos, configurando câncer.
O câncer de pâncreas é uma doença silenciosa e agressiva. Os sintomas são frequentemente confundidos com os de outras condições e, por isso, o diagnóstico costuma ser tardio, permitindo que o quadro evolua para estágios mais graves antes de qualquer intervenção, elevando a taxa de mortalidade.
A oncologista Alessandra Leite, do Hospital Santa Lúcia, de Brasília, explica que a maioria dos tumores pancreáticos estão localizados na cabeça do pâncreas, região mais próxima do fígado e das vias biliares.
“Quando o tumor começa a crescer, ele comprime as vesículas, que é onde a bile é drenada. Como a secreção do fígado não consegue entrar na via intestinal, ela acaba voltando e fica impregnada na corrente sanguínea, causando icterícia e urina escura”, esclarece.
Sintomas do câncer no pâncreas
Os sintomas são normalmente confundidos com os de outras condições. Eles podem incluir:
- Icterícia (pele amarela causada pelo acúmulo de bilirrubina no sangue);
- Urina escura;
- Perda de apetite e peso;
- Alterações nas fezes;
- Dor abdominal ou nas costas;
- Indigestão.
“Os sintomas iniciais costumam ser inespecíficos. Às vezes é um desconforto na região superior do abdômen, ou um cansaço que pode ser confundido com doenças como a anemia“, explicou o oncologista Daniel Girardi, do Hospital Sírio-Libanês de Brasília, em entrevista anterior ao Metrópoles.
Fatores de risco
Os principais fatores de risco incluem tabagismo, obesidade, diabetes tipo 2, exposição a substâncias tóxicas e predisposição genética. Esse tipo de tumor costuma ter uma maior incidência em pessoas acima dos 40 anos.
Como a doença é silenciosa, exames de rotina são fundamentais para aumentar as chances de um diagnóstico precoce e melhores chances de sucesso no tratamento.
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Fonte: Metrópoles