“Elis é uma escola de canto brasileiro”: João Marcello Bôscoli celebra o legado da mãe

Se estivesse viva, Elis Regina, a eterna “pimentinha”, completaria 80 anos nesta segunda-feira, (17/3). Apesar de sua ausência, seu legado resiste e continua vibrando na Música Popular Brasileira. Para marcar a data, o produtor musical João Marcello Bôscoli, filho mais velho da cantora, conversou com a reportagem do portal LeoDias e refletiu sobre a herança da mãe.

“Elis Regina é uma das grandes vozes do século XX e creio ser uma referência, uma ‘escola’ de canto brasileiro, assim como as grandes Elizeth Cardoso, Gal Costa e Elza Soares. O Brasil tem grandes vozes”, descreveu.

Veja as fotos

Reprodução: Instagram/João Marcello Bôscoli
João Marcello Bôscoli é produtor musical, jornalista e empresário do setor fonográfico brasileiroReprodução: Instagram/João Marcello Bôscoli
Divulgação: Editora Planeta
Livro de João Marcello Bôscoli, “Elis & Eu”Divulgação: Editora Planeta
Divulgação: Gustavo Duarte
Homenagem produzida pelo ilustrador Gustavo Duarte, conhecido por seus trabalhos na DC Comics e MarvelDivulgação: Gustavo Duarte
Reprodução: Instagram/João Marcello Bôscoli
Produtor musical em vídeo de divulgação de sua gravadora, a TramaReprodução: Instagram/João Marcello Bôscoli
Reprodução: YouTube/Volkswagen
Mãe e filha na propaganda da Volkswagen; IA foi utilizada para reproduzir Elis ReginaReprodução: YouTube/Volkswagen
Divulgação
João Marcello BôscoliDivulgação

Produtor musical, jornalista e empresário do setor fonográfico brasileiro, João Marcello sabe bem como funciona o universo musical. Quando fala da mãe, ele lembra do carinho que ela imprimiu na memória do público e dos fãs: “Creio que sua voz e seu modo de cantar sejam bem contemporâneos; parecem terem sido gravados há pouco tempo, soam bem nos dias de hoje e não parecem um canto de outra época. Essa contemporaneidade tem grande impacto em sua permanência. Além do timbre, afinação e senso rítmico, foi sorte dela haver tantas pessoas compondo bem durante sua trajetória. Ela foi uma repórter de seu tempo”, lembrou, com saudosismo.

Fundador da gravadora Trama, que revelou e lançou artistas como Charlie Brown Jr., Otto e Racionais MC’s, Bôscoli ressalta que a maior lição que aprendeu com a mãe foi o senso de percepção da vida: “Além de sua capacidade de trabalhar muito, creio nunca ter havido uma separação entre o que ela acreditava e o que fazia. Essa verdade na primeira pessoa me encanta”, afirmou ele.

O jornalista já mencionou em outras ocasiões que a música brasileira está vivendo um ponto de saturação. Ele acredita que a diversidade é das maiores no planeta: “Quem trabalha com música lembrar disso no cotidiano já ajuda. O ponto de saturação do qual falei, diz respeito aos ciclos naturais da vida. Aconteceu com muitos gêneros e movimentos”, contou.

Como estudioso da música brasileira, ele também aponta um desafio contemporâneo: os principais obstáculos que os novos artistas enfrentam atualmente. “Com quase 100 mil faixas lançadas por dia, o maior desafio é ganhar atenção. Esses micro ciclos de 15 segundos tornam a audição de uma música inteira um desafio. Por outro lado, gravar e publicar nunca foi tão acessível”, admitiu.

Quanto à preservação do legado de Elis, ele é direto e diz que não existem fórmulas. “Acho produtivo apoiar as iniciativas das pessoas e não ter um comportamento censor ou policial e, sempre que possível, apresentar o canto de Elis quando as oportunidades aparecem. Seja num musical, filme ou livro, seja no desenvolvimento de personagens ou andando de Kombi com a filha”, brincou, fazendo referência à propaganda da Volkswagen que reviveu a cantora com Inteligência Artificial, cantando ao lado de Maria Rita.

Em homenagem à data, o Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) divulgou as músicas mais executadas de Elis Regina nos últimos cinco anos. Entre as faixas mais tocadas, lidera “Como Nossos Pais”, de Belchior; “Águas de Março”, de Tom Jobim; e “O Bêbado e a Equilibrista”, de João Bosco e Aldir Blanc.

Elis partiu precocemente em 1982, quando Marcello tinha apenas 11 anos e ela, 36. Mas, a cantora deixou um repertório que não apenas marcou a história da música brasileira, como continua sendo referência de interpretação, afeto e potência.



Fonte: Portal LEODIAS

Terapia hormonal reduz risco de depressão em transgêneros, mostra estudo

Terapia hormonal para afirmação de gênero pode ajudar pacientes tanto na saúde mental quanto física, segundo novo estudo publicado na segunda-feira (17) na revista...

Vídeo mostra raro registro de quatro leopardos-das-neves no Paquistão; veja

Imagens raras de quatro leopardos-das-neves vistos escalando penhascos nevados no norte do Paquistão criaram um alvoroço de excitação entre os conservacionistas. Os leopardos-das-neves estão entre...

Poliana Rocha elogia paternidade de Zé Felipe: “Orgulho de você”

Poliana Rocha, 48, fez uma declaração para seu filho com o cantor sertanejo Leonardo, 61, o músico Zé Felipe, 26, falando sobre os desafios...