EUA registram primeiro surto de gripe aviária H7N9 desde 2017

Autoridades dos Estados Unidos identificaram um novo surto de gripe aviária H7N9, o primeiro em uma granja avícola desde 2017. A cepa é considerada uma das mais mortais da doença.

De acordo com um relatório divulgado nessa segunda-feira (17/3) pela Organização Mundial da Saúde Animal, sediada em Paris, o surto aconteceu em uma granja no estado norte-americano do Mississipi, com 47.654 frangos de corte. Nenhum caso humano foi registrado.


O que é gripe aviária?

  • A gripe aviária é uma doença que acomete, principalmente, aves silvestres e domésticas após a infecção pelo vírus influenza A dos subtipos H5N1, H5N8, H7N9 ou H9N2.
  • Recentemente, os casos entre animais e humanos de gripe aviária H5N1 registrados nos EUA levaram à disparada no preço dos ovos.
  • A ocorrência de casos entre mamíferos e humanos nos últimos meses aumentou preocupação mundial sobre a doença.
  • Os sintomas da doença podem incluir conjuntivite, quadro respiratório semelhante ao de uma gripe, falta de ar ou dificuldade para respirar, pneumonia, febre, tosse, dor de garganta, nariz escorrendo ou entupido, dores musculares, dor de cabeça e fadiga. Diarreia, náusea, vômito ou convulsões são menos comuns, mas podem ocorrer.
  • O diagnóstico da gripe aviária é feito a partir de exames laboratoriais ou por testes de coleta de amostras de secreção do nariz e da garganta da pessoa doente.

A disseminação da gripe aviária não se restringe aos Estados Unidos, visto que diversas variações desse vírus têm afetado rebanhos no mundo inteiro, tornando os preços dos alimentos de origem animal mais elevados.

A infecção de mamíferos, incluindo vacas leiteiras, tem deixado os governos dos estados norte-americanos em alerta em relação ao risco de uma nova pandemia causada pela gripe aviária. A cepa H5N1 foi a que mais trouxe prejuízos para os criadores de animais e ainda causou a morte de uma pessoa nos EUA.

Foto de homem fazendeiro junto a gado leiteiro - Metrópoles
Gripe aviária H7N9 também afeta mamíferos, como o gado leiteiro

O vírus H7N9 é altamente letal para humanos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), ele já matou 616 (39%) dos 1.568 infectados no mundo todo desde que foi identificado pela primeira vez, em 2013. No entanto, as autoridades consideram que a transmissão entre pessoas ainda é rara.

Em resposta, o governo do presidente Donald Trump afirmou que planeja gastar US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,68 bilhões) para combater a disseminação do vírus no território norte-americano.

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Fonte: Metrópoles

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