O cirurgião plástico Willian Pires de Oliveira Junior, conhecido como “médico das estrelas” e com 346 mil seguidores em seu perfil no Instagram, foi acusado por uma modelo de ter cortado seu clitóris durante um procedimento estético, sem a sua autorização, e de tê-la deixado sem assistência após o acontecido. A informação é do portal Metrópoles.
Willian já responde a diversos processos por negligência médica, mas também é conhecido por arrematar almoços e jantares em leilões beneficentes frequentados por famosos como Virginia Fonseca, Ronaldo Fenômeno e Sabrina Sato.
Ele também teria pago R$ 315 mil em um leilão para ter um encontro com Neymar, durante o 4º Leilão do Instituto Neymar Jr.
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O médico foi alvo da Operação Navio Fantasma em 2020, e foi acusado de ter fabricado um incêndio em um iate de luxo para receber R$ 800 mil com o seguro.
A acusação mais recente aconteceu no dia 5 de fevereiro de 2025, e foi denunciada em um hospital em Goiânia, Goiás. A vítima contratou um pacote de plásticas avaliado em R$ 137 mil, com direito a lipoaspiração HD, implantes de silicone e ninfoplastia, um procedimento que remove a pele dos lábios vaginais.
Segundo o boletim de ocorrência registrado no dia 28 de fevereiro, Willian errou grotescamente durante o procedimento e ela não teve atendimento pós-operatório.
“Eu paguei para fazer uma ninfoplastia, mas ele fez outra coisa. Ele cortou o meu clitóris sem minha autorização! Eu pedi várias vezes para não mexer nessa área, e mesmo assim ele fez. Minha vida nunca mais será a mesma”, disse.
Ela também afirma que acordou do procedimento coberta de sangue: “O quarto estava cheio de sangue. Eu gritava por ajuda, mas não tinha ninguém da equipe dele lá. Tentei ligar para o médico, e ele simplesmente me ignorou. Depois descobri que ele respondia outras pessoas no Instagram, mas não me atendia”.
A modelo diz que, após sua acusação repercutir nas redes sociais, o médico a processou por calúnia e ameaça, e tentou descredibilizar suas denúncias.
Já Willian nega que tenha cometido erros. Ele diz: “Os procedimentos foram realizados após avaliação e proposta terapêutica, bem como prévia ciência e anuência, seguindo todos os preceitos éticos e técnicos”.
“Não houve qualquer intercorrência ou resultado adverso, estando ela em período pós-operatório, sendo que, de acordo com a prática médica e a própria Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, os resultados demandam aproximadamente seis meses para serem evidenciados, inclusive com a possibilidade de um segundo tempo cirúrgico (retoque), sem que tal fato constitua imperícia do cirurgião. no que concerne aos cuidados pós-operatórios, salientamos que a paciente teve todo o suporte necessário, com os cuidados médicos e profissionais a sua disposição”, afirma.
O médico está sendo investigado pela Polícia Civil, que está apurando se realmente houve erro médico. Ele pode responder pelo crime e ter sua licença cassada.
Fonte: Portal LEODIAS