O consumo em excesso de bebidas adoçadas com açúcar, como refrigerantes, pode impactar a saúde de órgãos específicos, como intestino, fígado e músculos. A descoberta foi feita por pesquisadores indianos a partir de um estudo feito com camundongos. Os resultados da pesquisa foram publicados em fevereiro, no Journal of Nutritional Biochemistry.
Durante o experimento, os pesquisadores deram água com 10% de sacarose (o açúcar comum) para um grupo de camundongos. Esses animais sofreram alterações nos principais processos fisiológicos, moleculares e metabólicos de vários órgãos, mostrando que o consumo crônico do açúcar pode influenciar no aparecimento de doenças como diabetes e obesidade.
Em relação à desregulação metabólica, a pesquisa constatou que o intestino delgado desempenha papel central no processo. Isso acontece porque a ingestão excessiva de sacarose gera um vício celular no revestimento intestinal, levando à absorção excessiva de glicose em comparação a outros nutrientes essenciais.
Esse desequilíbrio acaba trazendo prejuízos para o organismo, visto que ele amplifica a disfunção de outros órgãos, como o fígado e os músculos.
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A diabetes é uma doença que tem como principal característica o aumento dos níveis de açúcar no sangue. Grave e, durante boa parte do tempo, silenciosa, ela pode afetar vários órgãos do corpo, tais como: olhos, rins, nervos e coração, quando não tratada
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A diabetes surge devido ao aumento da glicose no sangue, que é chamado de hiperglicemia. Isso ocorre como consequência de defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas
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A função principal da insulina é promover a entrada de glicose nas células, de forma que elas aproveitem o açúcar para as atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação ocasiona o acúmulo de glicose no sangue, que em circulação no organismo vai danificando os outros órgãos do corpo
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Uma das principais causas da doença é a má alimentação. Dietas ruins baseadas em alimentos industrializados e açucarados, por exemplo, podem desencadear diabetes. Além disso, a falta de exercícios físicos também contribui para o mal
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A diabetes pode ser dividida em três principais tipos. A tipo 1, em que o pâncreas para de produzir insulina, é a tipagem menos comum e surge desde o nascimento. Os portadores do tipo 1 necessitam de injeções diárias de insulina para manter a glicose no sangue em valores normais
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Já a diabetes tipo 2 é considerada a mais comum da doença. Ocorre quando o paciente desenvolve resistência à insulina ou produz quantidade insuficiente do hormônio. O tratamento inclui atividades físicas regulares e controle da dieta
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A diabetes gestacional acomete grávidas que, em geral, apresentam histórico familiar da doença. A resistência à insulina ocorre especialmente a partir do segundo trimestre e pode causar complicações para o bebê, como má formação, prematuridade, problemas respiratórios, entre outros
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Além dessas, existem ainda outras formas de desenvolver a doença, apesar de raras. Algumas delas são: devido a doenças no pâncreas, defeito genético, por doenças endócrinas ou por uso de medicamento
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É comum também a utilização do termo pré-diabetes, que indica o aumento considerável de açúcar no sangue, mas não o suficiente para diagnosticar a doença
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Os sintomas da diabetes podem variar dependendo do tipo. No entanto, de forma geral, são: sede intensa, urina em excesso e coceira no corpo. Histórico familiar e obesidade são fatores de risco
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Alguns outros sinais também podem indicar a presença da doença, como saliências ósseas nos pés e insensibilidade na região, visão embaçada, presença frequente de micoses e infecções
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O diagnóstico é feito após exames de rotina, como o teste de glicemia em jejum, que mede a quantidade de glicose no sangue. Os valores de referência são: inferior a 99 mg/dL (normal), entre 100 a 125 mg/dL (pré-diabetes), acima de 126 mg/dL (Diabetes)
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Qualquer que seja o tipo da doença, o principal tratamento é controlar os níveis de glicose. Manter uma alimentação saudável e a prática regular de exercícios ajudam a manter o peso saudável e os índices glicêmicos e de colesterol sob controle
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Quando a diabetes não é tratada devidamente, os níveis de açúcar no sangue podem ficar elevados por muito tempo e causar sérios problemas ao paciente. Algumas das complicações geradas são surdez, neuropatia, doenças cardiovasculares, retinoplastia e até mesmo depressão
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A forma como a ingestão crônica de sacarose afeta o corpo depende do estado metabólico do indivíduo. Quando a pessoa está alimentada, o corpo tende a entrar em um estado voltado para o armazenamento e construção de tecidos, podendo levar ao acúmulo excessivo de gordura e outros problemas metabólicos.
Já em jejum, o organismo pode ficar em um modo catabólico, onde começa a quebrar reservas de energia. No entanto, em um cenário de dieta com açúcar em excesso, essa resposta pode ser desregulada, dificultando a queima eficiente de gordura.
O excesso de açúcar na dieta também causou resistência à insulina nos camundongos, levando o fígado dos animais a produzir ainda mais glicose, agravando o problema. Ao mesmo tempo, os músculos perderam a eficiência no uso da glicose devido a problemas nas mitocôndrias, piorando ainda mais o estado metabólico geral e podendo levar a doenças como diabetes tipo 2 e obesidade.
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