A indefinição de Jorge Viana sobre qual cargo majoritário disputaria em 2022 tem uma explicação lógica. Pesquisa interna do PT indica que pelo menos 60% da militância exige que o ex-senador seja candidato a governador o Acre. A leitura é simples: toda a cúpula do PT que não foi aproveitada pela atual gestão sonha em voltar aos cargos públicos, inclusive aqueles que a partir de 2019 foram embora para outros estados.
Lembram que em 2020 o presidente do PT, Cesário Braga, votou em Bocalom (PP), por considerar Socorro Neri “traidora da causa petistas”?
Ora.
Tudo indica que o mesmo rótulo de traidor será lançado nestas eleições sobre Viana se ele sair pro senado.
A maldição se repetirá?
É óbvio, sendo assim, que a maior militância de filiados do estado tenta a todo custo emplacar o melhor nome que eles têm. Saiba abaixo por quais razões os petistas cobram uma dívida de gratidão do ex-senador:
O que mais atrapalha o projeto do ex-senador de unir os partidos da extinta Frente Popular?
1 – Os diretórios regionais não aceitam que ele seja candidato ao senador. Isso por que, sendo eleito, Jorge Viana continuaria contemplando apenas meia dúzia de assessores especiais e pessoais.
2 – Jenilson Leite, espertamente, saiu na frente ao lançar seu nome para o governo, com o apadrinhamento forte de César Messias, ex-vice governador na gestão Tião Viana e principal manda chuva do PSB.
3 – Jorge Viana não tem força, hoje, para levar o grupão para apoiar Petecão.
Mas Jorge Viana tenta isolar Jenilson leite, ao seu modo:
1 – Chegou a insinuar que a vereadora Michelle Melo seria um “ótimo” nome para governadora. Ele já teria entendimento com o pai de Michelle, Nelsinho Santiago, empresário, irmão de Elson Santiago, ex-presidente da Aleac na gestão do próprio Jorge governador. Ou seja, o cabeça política da família e “irmãozão” de Petecão.