A amora, uma frutinha roxa, doce e azedinha ao mesmo tempo, é super fácil de encontrar. Além do alimento in natura, a fruta pode ser usada em infusões: o chá de amora é conhecido por ser uma ótima fonte de cálcio.
Um estudo publicado em 2017 mostra que um quilo de matéria seca de amora tem uma média de 8,2 g de cálcio. Para comparar, um litro de leite integral tem 1,2 g da substância.
A amora tem antioxidantes, fibras e vitaminas C e K, que ajudam no fortalecimento do sistema imunilógico e podem prevenir o aparecimento de doenças crônicas. A fruta também é rica em magnésio, potássio e fósforo, compostos benefícios para a saúde do coração e a manutenção dos músculos.
A bebida também é associada ao emagrecimento, pois pode evitar picos glicêmicos que aumentam o apetite e possui potencial calmante para o intestino. Outros benefícios são o alívio da rigidez matinal e do inchaço.
Chá de folhas de amora
Além da frutinha, é possível fazer chá das folhas da amoreira: elas são ricas em flavonoides, taninos e cálcio, que têm ação anti-inflamatória e antioxidante, protegendo as células contra o envelhecimento precoce. Outro benefício é o potencial alívio dos sintomas da menopausa.
“Elas possuem compostos bioativos que se ligam aos receptores do estradiol, aumentando a produção de óxido nítrico. O composto dilata as artérias e favorece a redução da temperatura corporal, reduzindo os fogachos”, afirmou a nutricionista Adriana Stavro, de São Paulo, em entrevista recente ao Metrópoles.
“O chá também tem ação desintoxicante para o fígado, melhora a visão, alivia sintomas de tosse e resfriado, trata tonturas e tem efeito depurativo”, explicou a farmacêutica especializada em fitoterapia Angela Xavier, também em entrevista anterior ao Metrópoles.
Como fazer o chá de amora
Para fazer o chá, a recomendação é usar cerca de 100 g das folhas de amora (de cinco a dez unidades) e uma colher de sopa da fruta. Deve-se colocá-las em água fervente em um recipiente fechado por cinco a dez minutos antes de coar e consumir.
“O processo de fervura direta pode destruir compostos bioativos e óleos essenciais, por isso deve ser evitado”, explicou a nutricionista Camila Pedrosa, também de Brasília, ao Metrópoles.
Não é recomendado tomar mais de três xícaras por dia, pois o chá de amora pode causar problemas digestivos e interagir negativamente com tratamentos médicos. Gestantes e lactantes, pessoas que usam remédios pra diabetes, tenham pressão baixa, problemas renais ou no fígado, problemas de coagulação ou constipaação crônica devem evitar a bebida.
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Fonte: Metrópoles