Nascida em São Paulo em 1949, Cristina era filha do historiador Sérgio Buarque de Holanda e da pianista Maria Amélia Cesário Alvim. Integrava uma das famílias mais influentes da cultura brasileira. Era irmã do cantor e compositor Chico Buarque, da cantora Miúcha (1947–2018) e da também cantora e ex-ministra da Cultura Ana de Hollanda.
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Dedicada ao samba com rigor documental e paixão de intérprete, Cristina Buarque construiu uma história discreta, mas profundamente respeitada no universo da Música Popular Brasileira. Lançou seu primeiro disco, autointitulado, em 1974, com repertório que revelava sua curadoria musical refinada: ali estão gravações de composições de Cartola, Paulinho da Viola, Tom Jobim, Manacéa e Chico Buarque.
Ao longo da carreira, Cristina mergulhou no acervo do samba de raiz, especialmente nas obras de compositores ligados às escolas de samba cariocas. Tornou-se referência na interpretação de sambas pouco conhecidos, mantendo viva a memória de autores como Nelson Cavaquinho, Monarco, Wilson Moreira, Geraldo Pereira e tantos outros. Lançou álbuns dedicados a blocos e velhas guardas, e projetos que conectavam o samba urbano à tradição.
Fora dos holofotes e da fama, Cristina fazia da música um espaço de devoção à cultura popular brasileira. Atuou em espetáculos coletivos, participou de discos tributo e manteve colaborações constantes com sambistas veteranos e jovens artistas ligados à tradição.
Em nota nas redes sociais, a atriz Silvia Buarque, filha de Chico, publicou uma mensagem breve sobre a tia: “Para sempre comigo”.
Fonte: Portal LEODIAS