O motorista da Ford Ranger, Talisson Duarte, que atropelou e matou dois técnicos em monitoramento da empresa Estação VIP, na última quarta-feira, ainda não se apresentou na delegacia de polícia para se explicar sobre o acidente.
Ainda persiste o mistério pela liberação do condutor, pela Polícia Rodoviária Federal, em seguida ao acidente, na Via Verde, próximo à Terceira Ponte, quando, segundo procedimento natural, o suspeito deveria ter sido conduzido à delegacia com jurisprudência na região, no caso a 1ª Regional. A pressão popular por justiça -e contra possível impunidade – aumentou nas últimas horas após técnico em sistemas de monitoramento Carpegiane Freitas morrer, neste domingo, no Pronto Socorro de Rio Branco (foto abaixo). Ele passa a ser a segunda vítima fatal do acidente. Um terceiro funcionário da mesma empresa permanece estável no hospital.
O deputado federal Gerlen Diniz, que também é PRF e prefeito de Sena Madureira, veio a público rebater a acusação do também deputado Ulisses Araújo, segundo o qual a PRF prevaricou, se omitiu e cometeu crime. Até o Sindicato da PRF rebateu Ulisses, cuja família é dona da Estação VIP, tratando-o como “desconhecedor da lei”.
Os dois parlamentares e o sindicato, no entanto, repassam desinformação ao focarem na possível prisão de Duarte, o que é vedado pelo Condigo de Trânsito quando há vítima fatal no momento do acidente. Um detalhe não explorado por eles foi esquecido.
Um especialista ouvido pela reportagem, no entanto, afirmou que Talisson deveria ter sido conduzido, o que é diferente de ser preso. “O delegado da jurisdição decide se prende ou libera, mediante o depoimento do suspeito. Eu nunca vi isso na minha vida. Liberar o condutor sujeita a questionamentos amplos”, opinou a fonte ouvida pelos nossos repórteres.
O que mais intriga familiares dos dois vigilantes mortos é que o motorista da Ford Ranger ainda não deu sua versão para a tragédia. O delegado Karlesson Nespoli, titutar da 1ª Regional, tem a opção de intimar Talisson Duarte para se apresentar espontaneamente. Caso ele resista, é possível que seja pedida a sua prisão.
O delegado