A velha guarda do MDB no Acre é maioria na defesa de candidatura própria para disputar o governo em 2026. E eles enxergam no senador Alan Rick a oportunidade única para a legenda deixar a condição de coadjuvante há décadas no estado. Um acerto teria sido feito em conversa com o próprio senador, avalizado pelo atual dirigente maior, Vagner Sales, entusiasta da chapa com a sua filha, a ex-deputada federal Jéssica Sales, como vice de Alan.
Mas ainda falta combinar com outro grupo que resiste a esta idéia, encabeçado pelo deputado Tanísio Sá, que é governista e trabalha pela composição do MDB com a federação recém aprovada entre PP e União Brasil, em torno da candidatura de Mailza Assis.
Alan Rick não tem mais espaço no UB e deve anunciar sua saída da legenda nos próximos dias. Ele se apega à ligeira vantagem na intenção de votos, segundo pesquisas eleitorais, para se impor. E deu garantias de que ao MDB caberia indicar ao menos uma das duas candidaturas de senador.
Sem quadros expressivos para vencer uma eleição majoritária, esse nome poderia ser o ex-prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre, muito embora ele esteja mais propenso a disputar a eleição proporcional, sendo um puxador de votos capaz de fazer uma boa bancada de deputados estaduais. O segundo nome ao Senado seria, naturalmente, de Mara Rocha, com seu irmão (o ex-vice governador Wherles Rocha) disputando a Câmara Federal.
O MDB colado em Alan Rick – ou não – dependerá de como será a eleição para a Presidência do MDB no Acre, prevista para meados de julho, polarizada entre Tanísio e Vagner Sales.
O governo ainda tenta seduzir o MDB, oferecendo-lhe uma gama de cargos e, possivelmente, até duas grandes secretarias.