No caso da influencer Thaís Carla, a decisão pela cirurgia veio após anos de luta contra a obesidade, problemas de saúde e a busca por mais energia. Mas o que realmente envolve esse procedimento? E quais são seus desafios?
A cirurgia bariátrica tem se tornado uma opção cada vez mais comum para quem luta contra a obesidade e suas complicações. Mas, afinal, quem pode fazer a cirurgia? Quais são os riscos? E o que muda na rotina do paciente após o procedimento?
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A bariátrica pode ser uma aliada no combate a doenças como diabetes, hipertensão e obesidade, mas exige comprometimento para o resto da vida.
Quando a Cirurgia Bariátrica é Recomendada?
A cirurgia não é indicada para qualquer pessoa que deseja emagrecer. Segundo o
Ministério da Saúde, os critérios incluem:
● IMC ≥ 40 (obesidade grave) ou
● IMC ≥ 35 + doenças associadas, como diabetes tipo 2, hipertensão, apneia do sono.
Além disso, o paciente deve ter tentado outros tratamentos sem sucesso por pelo menos dois anos e passar por uma avaliação multidisciplinar, com médicos, psicólogos e nutricionistas, ou seja, ele precisa já estar em tratamento para a obesidade
Complicações no Pós-Operatório
● Deficiências nutricionais: A redução do estômago limita a absorção de vitaminas e minerais, podendo levar a anemias, osteoporose e queda de cabelo;
● Síndrome de Dumping: Mal-estar, náuseas e diarreia ao consumir açúcar ou gordura em excesso;
● Reganho de peso: Se o paciente não mudar hábitos, pode voltar a engordar mesmoapós a cirurgia.
O Papel da Nutrição Antes e Depois da Cirurgia
Pré-Operatório
● Preparar o corpo, reduzindo gordura visceral e adaptando a dieta para evitar deficiências futuras;
● Educação alimentar e nutricional: ensinar o paciente sobre as novas porções e texturas dos alimentos após a cirurgia.
Pós-Operatório
● Fase líquida (primeiras 2 semanas): Caldos, sucos naturais e água em pequenos goles;
● Fase pastosa (3ª a 4ª semana): Purês, carnes desfiadas e iogurtes;
● Fase sólida (a partir do 2º mês): Retorno gradual a alimentos sólidos, com prioridade para proteínas magras.
Importante salientar que a cirurgia não resolve tudo sozinha. E infelizmente, em média 25% dos pacientes que realizam a bariátrica reganham o peso.
A Importância do Acompanhamento Multidisciplinar
A cirurgia é apenas o começo da jornada. Para ter sucesso, o paciente precisa de uma equipe que inclua pelo menos:
● Cirurgião bariátrico (avalia a técnica e possíveis complicações);
● Nutricionista (ajusta a dieta e suplementação);
● Psicólogo (ajuda na adaptação emocional e prevenção de compulsões);
● Educador físico (orienta exercícios seguros para evitar lesões).
Thaís Carla e a Conscientização Sobre a Bariátrica
A Thaís Carla trouxe visibilidade para os desafios da obesidade. Em suas redes sociais, ela já havia falado sobre suas dificuldades com o peso e problemas como dores nas articulações e cansaço excessivo.
Casos como o dela ajudam a quebrar estigmas, mas também mostram que a cirurgia exige preparo e mudança de vida, inclusive a dançarina compartilhou que perdeu cerca de 30 kg em 5 meses, prévios à cirurgia.
A bariátrica não é uma solução mágica, a cirurgia pode ser transformadora, e é um método eficaz para o tratamento da obesidade, mas não funciona sozinha.
E a influenciadora que sempre pregou sobre amor próprio fez exatamente isso ao optar pela cirurgia, pois é um ato de amor cuidar da própria saúde.
Fonte: Portal LEODIAS