BC: não há risco à estabilidade financeira; ambiente externo desafia

O Banco Central (BC) considera que “não há risco relevante para a estabilidade financeira” do país. A avaliação do BC consta no Relatório de Estabilidade Financeira (REF) referente ao segundo semestre de 2024, divulgado nesta terça-feira (29/4).

Para a autoridade monetária, o Sistema Financeiro Nacional (SFN) “permanece com capitalização e liquidez confortáveis”, além de “provisões adequadas ao nível de perdas esperadas”.

“Os testes de estresse de capital e de liquidez demonstram a robustez do sistema bancário”, indicou trecho do documento.


O que é REF

  • O Relatório de Estabilidade Financeira é uma publicação destinada a apresentar o panorama da evolução recente e as perspectivas para a estabilidade financeira do Brasil.
  • O documento é publicado a cada semestre pelo Banco Central, que também organiza as informações do REF.
  • O REF ainda traz avaliações sobre o sistema financeiro internacional e sobre as infraestruturas do mercado financeiro.
  • Ele também apresenta o resultado da pesquisa de estabilidade financeira.

Na publicação, o BC destacou que a rentabilidade do Sistema Financeiro Nacional segue melhorando. No entanto, condições financeiras restritivas “podem limitar avanços em 2025”.

O motivo dessa melhora, ainda segundo o BC, pode ser explicado principalmente pelo aumento do resultado de juros com operações de crédito (decorrente de safras recentes com taxas mais altas e captações com menor custo) e pelo recuo da materialização de risco, que contribui para reduzir o custo com provisões (reserva financeira para cobrir eventuais perdas ou riscos na carteira de crédito).

Ambiente externo desafiador

O relatório também mostra a preocupação do Banco Central em relação ao ambiente externo.

Para o BC, ele “permanece desafiador” em razão da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos (EUA), principalmente “pela incerteza acerca da sua política comercial e de seus efeitos”.

“Esse contexto tem gerado ainda mais dúvidas sobre os ritmos da desaceleração e da desinflação e, consequentemente, sobre o crescimento nos demais países”, avaliou a autoridade monetária.

Vale lembrar que a análise do Banco Central faz referência ao fim do governo do então presidente Joe Biden à frente da Casa Branca. Ou seja, a avaliação não diz respeito ao, ainda futuro, segundo mandato de Donald Trump.

No entanto, mesmo que ainda não tivesse tomado posse, a equipe de Trump e o próprio futuro presidente indicavam um forte aumento de tarifas protecionistas contra outras nações.

Contas públicas

Outro tópico presente no relatório é a indicação de uma piora na percepção do mercado financeiro sobre o “risco fiscal” — isto é, a saúde das contas públicas do país.

“Os riscos fiscais aparecem como o mais importante, reflexo principalmente de preocupações com a sustentabilidade da dívida pública. As instituições pesquisadas demonstram também preocupação com a possibilidade de desaceleração acentuada da economia e de aumento da inadimplência, em um cenário de elevado endividamento de famílias e empresas”, frisou.

Por outro lado, o BC reforçou que a confiança na estabilidade do SFN “permanece próxima à máxima histórica”.



Fonte: Metrópoles

Clubes da Série A têm aumento significativo nas receitas em 2024

O futebol brasileiro teve um aumento considerável nas receitas na temporada 2024. É o que aponta o relatório realizado pela parceria entre Convocados, Outfield...

Empresas buscam funcionários para lidar com reforma tributária

As empresas no Brasil estão buscando profissionais qualificados para lidar com as mudanças promovidas pela reforma tributária e, assim, adaptar o cotidiano da companhia...

Estepe fino: o que você precisa saber para rodar com segurança

O estepe temporário, popularmente chamado de “estepe fino” ou até mesmo “pneu linguiça”, tornou-se comum em veículos modernos devido à busca das montadoras por...