O setor público consolidado do Brasil — formado por União, estados, municípios e estatais — teve superávit primário (o saldo entre receitas e despesas, sem o pagamento de juros da dívida pública) de R$ 3,6 bilhões em março.
O saldo positivo representa uma melhora em comparação a março de 2024, quando foi superavitário de R$ 1,2 bilhão. É o que mostra o boletim de Estatísticas Fiscais, divulgado pelo Banco Central (BC) nesta quarta-feira (30/4).
No dia anterior, o Tesouro Nacional informou que as contas do governo central — Tesouro Nacional, Banco Central (BC) e Previdência Social — registraram superávit primário de R$ 1,1 bilhão em março.
Em 12 meses, o setor público consolidado acumula déficit de R$ 13,5 bilhões, o equivalente a 0,11% do Produto Interno Bruto (PIB).
O governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) e as empresas estatais foram deficitários em R$ 2,3 bilhões e R$ 566 milhões, respectivamente. Enquanto os governos regionais registraram superávit de R$ 6,5 bilhões.
Dívida bruta
A dívida bruta do governo geral (DBGG) caiu para 75,9% do PIB (R$ 9,1 trilhões) — recuo de 0,2 ponto percentual em relação ao mês anterior. A DBGG compreende o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e os governos federal, estaduais e municipais.
Conforme o boletim, o desempenho da dívida bruta em março decorreu da variação do PIB nominal, do resgate líquido de dívida, do efeito da valorização cambial e dos juros nominais apropriados.
Enquanto a dívida líquida do setor público (DLSP) subiu. A DLSP atingiu 61,6% do PIB (R$7,3 trilhões) em março — um acréscimo de 0,2 ponto percentual do PIB no mês. Segundo o BC, esse resultado refletiu os impactos dos juros nominais apropriados, do efeito da valorização cambial e da variação do PIB nominal.
Fonte: Metrópoles