Fungo da pele pode produzir antibiótico potente contra superbactéria

Um fungo comum da pele chamado Malassezia sympodialis pode ajudar a combater a superbactéria Staphylococcus aureus, de acordo com um novo estudo. A S.aureus é capaz de se tornar resistente a diversas classes de antibióticos atuais e chega a causar cerca de 500 mil hospitalizações anuais nos Estados Unidos. A descoberta foi liderada por cientistas da Universidade de Oregon, nos EUA, e publicada na revista científica Current Biology em abril.

Segundo a pesquisa, o fungo pode impedir o avanço da bactéria através de seus subprodutos ácidos. O Malassezia sympodialis é um dos principais microrganismos presentes na pele humana saudável e impede que a bactéria se colonize excessivamente.

“Há muitos estudos que identificam novas estruturas de antibióticos, mas o que foi interessante sobre o nosso é que identificamos um composto bem conhecido e que já foi estudado antes”, destaca a autora principal e bióloga evolucionista Caitlin Kowalski, em comunicado à imprensa. O composto citado é o ácido 10-hidroxi palmítico (10-HP).

Imagem colorida de cientista em laboratório - Metrópoles
Fungo da pele humana saudável é a esperança de cientistas para a criação de antibiótico eficaz contra superbactéria

Utilizando biópsias de pele humana de doadores saudáveis, os pesquisadores descobriram que o ácido era produzido pelo fungo presente na microbiota normal da pele. Em laboratório, a equipe de pesquisa testou como a M. sympodialis afetava as cepas do S. aureus. Após duas horas de tratamento com a levedura, grande parte das variações da bactéria apresentou uma redução de viabilidade superior a 100 vezes.

Apesar disso, com o tempo, as cepas da superbactéria desenvolveram alguma resistência ao 10-HP do fungo. “Dada a prevalência de Malassezia na microbiota da pele de mamíferos, provavelmente estamos apenas arranhando a superfície de seus papéis nas interações microbianas e na resistência à colonização”, escrevem os autores no artigo.

Agora, os pesquisadores buscam se aprofundar nos mecanismos genéticos das infecções causadas por estafilococos resistentes a antibióticos e entender melhor como a bactéria sofre mutações rápidas para evitar a ação de agentes antimicrobianos.

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Fonte: Metrópoles

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