Durante a oitiva da influenciadora Virginia Fonseca na Comissão Parlamentar de Inquérito que apura irregularidades no mercado de apostas online, realizada nesta terça-feira (13), o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) fez um apelo fora do protocolo e surpreendeu a todos com uma solicitação pessoal.
Apelo emocional e recado para casa
Ao longo de sua fala, Cleitinho afirmou que desejava sensibilizar Virginia em relação à divulgação de plataformas de apostas.
A convocação de Virginia ocorreu após sua atuação como garota-propaganda de duas grandes plataformas de apostas. Segundo a revista Piauí, ela recebeu R$ 50 milhões em um contrato com a Esportes da Sorte e, posteriormente, firmou outro acordo com a Blaze, com valor anual de R$ 29 milhões. Ambos os contratos preveem uma remuneração baseada no prejuízo dos usuários que entram por seu link.
A relatora da CPI, senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), solicitou o depoimento de Virginia por entender que influenciadores têm papel central na estratégia de marketing dessas empresas. A comissão busca investigar os impactos sociais e financeiros das apostas digitais, além de avaliar possíveis crimes relacionados, como lavagem de dinheiro.
A reportagem que impulsionou a convocação revelou que Virginia teria recebido, além do adiantamento milionário, uma porcentagem sobre as perdas dos jogadores. O modelo ficou conhecido nos bastidores do setor como “cachê da desgraça alheia”. A primeira ação publicitária da influenciadora para o antigo parceiro atraiu cerca de 120 mil novos usuários em apenas um story.
Pouco depois, Virginia deixou o contrato com a Esportes da Sorte e migrou para a Blaze, mantendo os moldes de remuneração.
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