Grupo de pais do Mackenzie questiona versão da escola sobre aluna desacordada

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Uma nova frente se abriu no caso da aluna bolsista de 14 anos encontrada desacordada no banheiro do Colégio Mackenzie Higienópolis no final de abril. A advogada da família da estudante, Réa Sylvia, revelou com exclusividade ao portal LeoDias que, após a repercussão do caso, a escola convocou uma reunião com os pais dos alunos do 9º ano, série da jovem. Desde então, um grupo de responsáveis passou a se mobilizar para discutir a versão apresentada pela instituição.

Segundo mensagens de WhatsApp às quais a advogada teve acesso, os pais teriam sido informados pela direção de que a estudante teria passado mal por conta de uma crise de hipoglicemia, tentativa de suavizar o ocorrido que foi desmentida pela família e pelos documentos da investigação. “Depois que eles viram a reportagem, perceberam que realmente tinha sido uma coisa muito mais grave”, disse Réa.

Veja as fotos

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Prints das conversas do grupo criado entre pais do 9º ano da escola; portal LeoDias teve acesso exclusivoReprodução
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Prints das conversas do grupo criado entre pais do 9º ano da escola; portal LeoDias teve acesso exclusivoReprodução
Reprodução: SBT
Mãe da menina, Fernanda Mariano, conversou com a reportagem do SBTReprodução: SBT
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Prints de mensagens da jovem com o colega mostram desesperoReprodução: SBT

A advogada disse ainda que, após a repercussão do caso, recebeu relatos de outros pais e alunos com queixas semelhantes de racismo e negligência dentro do colégio. A defesa pretende encaminhar todas as provas ao Ministério Público e ao Ministério da Educação (MEC).

A versão dos pais bate com o relato da estudante, segundo o qual ela vinha sofrendo racismo, bullying e homofobia dentro da escola. Um dos episódios mais críticos ocorreu quando, para tentar ser aceita por um grupo de colegas, ela foi desafiada a beijar um menino mais velho no banheiro da escola. A cena foi filmada e compartilhada entre alunos. No dia seguinte, ela foi encontrada desacordada no banheiro, com uma sacola plástica na cabeça.

Réa também relatou que a escola demorou a registrar a ocorrência oficialmente, o que só foi feito sete dias após o fato. Desde então, a menina ficou internada por quase duas semanas e foi transferida para uma unidade de saúde mental. Atualmente, está sob tratamento por transtorno pós-traumático e depressão.

A advogada afirma que há uma tentativa institucional de abafar o caso. Segundo ela, a direção do Mackenzie teria proposto custear o tratamento da aluna, mas condicionando isso à desistência da ação judicial; proposta recusada pela família.

Além da ação cautelar já protocolada para que a escola custeie o tratamento da jovem, a defesa se prepara para entrar com ações de indenização por danos morais e materiais contra a instituição e seus representantes legais, além dos pais dos alunos envolvidos diretamente no episódio.

O caso já é acompanhado pela 4ª Delegacia de Polícia, onde tramitam investigações por crimes de racismo, homofobia, bullying, ameaça e exposição de intimidade. A delegada responsável, Gabriela Lisboa, também avalia se houve tentativa de indução ao suicídio ou mesmo homicídio.

O portal LeoDias entrou em contato com a assessoria de imprensa do Colégio Presbiteriano Mackenzie para posicionamento e aguarda retorno. Anteriormente, a escola sinalizou em nota oficial que prestou socorro à família e que repudia “qualquer forma de discriminação, preconceito ou violência”.



Fonte: Portal LEODIAS

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