Balança comercial tem superávit de US$ 7,2 bilhões em maio, diz MDIC

A balança comercial registrou superávit (quando exportações são maiores do que importações) de US$ 7,2 bilhões em maio — o que representa uma queda de 12,8% em relação ao mesmo mês do ano passado. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (5/6) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Este é o menor resultado para o mês desde 2022, quando foi superavitário em US$ 4,9 bilhões. Em 2023 e 2024, a balança teve superávit de US$ 10,9 bilhões e US$ 8,3 bilhões, respectivamente.

Em 2025 (janeiro a maio), a balança comercial acumula saldo positivo de US$ 24,4 bilhões. No ano, as exportações totalizam US$ 136,9 bilhões (queda de 0,9%) e as importações somaram US$ 112,5 bilhões (alta de 9,2%).

Expectativas da balança comercial para 2025

  • A projeção para a exportação deste ano está em US$ 353,1 bilhões, contra US$ 337 bilhões computados em 2024.
  • A importação deve variar em US$ 282,9 bilhões no acumulado de 2025, frente aos US$ 262,9 bilhões vistos no ano passado.
  • A estimativa para o saldo da balança comercial é US$ 70,2 bilhões, abaixo do resultado de 2024 (US$ 74,2 bilhões).
  • Para o governo federal, o comércio exterior do Brasil ficará “relativamente estável” em 2025.
  • Há ainda uma expectativa para o aumento da safra agrícola brasileira neste ano.

Saldo da balança comercial

A balança comercial contabiliza os valores das importações e das exportações de mercadorias. Ou seja, um saldo positivo (superávit) significa que o país exporta mais do que importa, enquanto um saldo negativo (déficit) indica que as compras são superiores às vendas.

O MDIC informou que em maio:

  • As exportações caíram 0,1% e somaram US$ 30,15 bilhões.
  • As importações subiram 4,7% e totalizaram US$ 22,92 bilhões.

A retração das exportações foi puxada, principalmente, pela queda nas vendas dos seguintes produtos: milho, soja, algodão, minério de ferro, minérios de metais preciosos, petróleo, carnes de aves, açúcares e melaços e óleos combustíveis de petróleo.

O movimento de crescimento nas importações foi influenciado pela ampliação das compras de produtos como: cevada, cacau, látex, minérios de alumínio, adubos ou fertilizantes químicos e veículos automóveis de passageiros.

Gripe aviária impactou exportação de carne de frango

Em maio, as exportações de carne de aves caíram 12,9%. Segundo Herlon Brandão, diretor do Departamento de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior do MDIC, a queda nas vendas tem relação com as suspensões provocadas pela gripe aviária.

O Brasil registrou o primeiro caso de gripe aviária em uma granja comercial em 15 de maio — terceira semana do mês. Até o momento, 21 países suspenderam totalmente as exportações de carne de aves brasileiras.

Brandão comentou que a retração das exportações de carne de frango “não era um movimento já antecipado”, isso porque a comercialização do produto apresentava uma trajetória de alta ao longo dos últimos meses.

Setores

Em maio, o desempenho das exportações ocorreu devido os seguintes fatores:

  • Queda de 0,6% na agropecuária, totalizando US$ 7,44 bilhões;
  • Recuo de 6,6% na indústria extrativa, totalizando US$ 7,24 bilhões; e
  • Alta de 3,4% na indústria de transformação, totalizando US$ 15,32 bilhões.

Ainda no mês passado, o desempenho das importações foi motivado pelos seguintes fatores:

  • Crescimento de 4,7% na agropecuária, atingindo US$ 22,92 bilhões;
  • Queda de 0,6% na indústria extrativa, totalizando US$ 0,50 bilhões; e
  • Aumento de 9,5% na indústria de transformação, totalizando US$ 21,31 bilhões.

Parceiros comerciais

Em meio à tensão causada pelo “tarifaço” do governo de Donald Trump, as exportações brasileiras para os Estados Unidos cresceram 11,5% em maio. Por outro lado, a compra de mercadorias norte-americanas caiu 5% no mesmo período. Assim, a balança comercial com os EUA resultou em um déficit de US$ 0,02 bilhões.

No caso de China, Hong Kong e Macau as exportações caíram 0,5% e as importações aumentaram 18,8%. Dessa forma, a balança comercial com esse parceiro comercial foi positiva em US$ 4,14 bilhões.

Por outro lado, as vendas para a União Europeia caíram 5,9%. As compras de produtos da UE também diminuíram 0,4% em maio. Com isso, o saldo com o bloco econômico foi superavitário em US$ 0,28 bilhões.



Fonte: Metrópoles

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