Vocalista do A-ha é diagnosticado com Parkinson. Conheça os sintomas

A banda norueguesa A-ha anunciou na última quarta-feira (4/6) que o vocalista Morten Harket, de 65 anos, foi diagnosticado com a doença de Parkinson. Ícone da música pop dos anos 1980, o grupo compartilhou a notícia por meio do seu site oficial.

“Esse não é o tipo de notícia que alguém gostaria de dar ao mundo, mas Morten tem doença de Parkinson e tem lutado contra o próprio corpo nos últimos anos”, escreveu a banda.

Em depoimento, Harket contou que preferiu manter a condição em sigilo por um tempo, buscando preservar um ambiente tranquilo para seguir trabalhando. “Reconhecer o diagnóstico não foi um problema para mim. É a minha necessidade de paz e tranquilidade para trabalhar que tem me impedido. Estou fazendo o melhor que posso para evitar que todo o meu organismo entre em declínio”, disse.

O que é o Parkinson?

  • O Parkinson é uma condição crônica e progressiva causada pela neurodegeneração das células do cérebro.
  • Estima-se que cerca de 10 milhões de pessoas no mundo tenham Parkinson.
  • A ocorrência é mais comum entre idosos com mais de 65 anos, mas também pode se manifestar em outras idades.
  • A doença atinge principalmente as funções motoras, causando sintomas como: lentidão dos movimentos, rigidez muscular e tremores.
  • Os pacientes também podem ter: diminuição do olfato, alterações do sono, mudanças de humor, incontinência ou urgência urinária, dor no corpo e fadiga.
  • Cerca de 30% das pessoas que vivem com Parkinson desenvolvem demência por associação.

Sintomas da doença

O Parkinson é uma doença neurológica crônica e progressiva que afeta principalmente os movimentos.Os primeiros sinais podem ser sutis e variar de pessoa para pessoa, mas costumam incluir lentidão motora, rigidez muscular e tremores em repouso. Os sintomas podem evoluir e comprometer a realização de atividades básicas do dia a dia, como se vestir ou caminhar.

Segundo o neurologista Matheus Ferreira Gomes, do Hospital Mater Dei Santa Genoveva, a combinação de lentidão e rigidez é a que mais afeta a mobilidade. “Os sintomas tendem a se desenvolver de maneira gradual, embora essa progressão varie entre os indivíduos”, explica. Em estágios mais avançados, a doença pode causar dificuldades para engolir, aumentando o risco de aspiração e pneumonia.

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Além dos sinais motores, o Parkinson pode causar variações de humor e distúrbios intestinais. “A doença frequentemente se manifesta por meio de alterações no sono, depressão, ansiedade, fadiga e problemas cognitivos, impactando a saúde mental e o bem-estar emocional”, afirma o neurocirurgião Alander Sobreira, da Rede Oto.

Essas manifestações contribuem para o isolamento social, a perda da autonomia e um maior risco de quedas, o que pode reduzir a qualidade e a expectativa de vida dos pacientes.

8 imagensEsse processo degenerativo das células nervosas pode afetar diferentes partes do cérebro e, como consequência, gerar sintomas como tremores involuntários, perda da coordenação motora e rigidez muscularOutros sintomas da doença são lentidão, contração muscular, movimentos involuntários e instabilidade da posturaEm casos avançados, a doença também impede a produção de acetilcolina, neurotransmissor que regula a memória, aprendizado e o sonoSegundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), apesar de a doença ser conhecida por acometer pessoas idosas, cerca de 10% a 15% dos pacientes diagnosticados têm menos de 50 anosNão se sabe ao certo o que causa o Parkinson, mas, quando ocorre em jovens, é comum que tenha relação genética. Neste caso, os sintomas progridem mais lentamente, e há uma maior preservação cognitiva e de expectativa de vidaFechar modal.1 de 8

Parkinson é uma doença neurológica caracterizada pela degeneração progressiva dos neurônios responsáveis pela produção de dopamina

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Esse processo degenerativo das células nervosas pode afetar diferentes partes do cérebro e, como consequência, gerar sintomas como tremores involuntários, perda da coordenação motora e rigidez muscular

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Outros sintomas da doença são lentidão, contração muscular, movimentos involuntários e instabilidade da postura

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Em casos avançados, a doença também impede a produção de acetilcolina, neurotransmissor que regula a memória, aprendizado e o sono

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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), apesar de a doença ser conhecida por acometer pessoas idosas, cerca de 10% a 15% dos pacientes diagnosticados têm menos de 50 anos

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Não se sabe ao certo o que causa o Parkinson, mas, quando ocorre em jovens, é comum que tenha relação genética. Neste caso, os sintomas progridem mais lentamente, e há uma maior preservação cognitiva e de expectativa de vida

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O Parkinson não tem cura, mas o tratamento pode diminuir a progressão dos sintomas e ajudar na qualidade de vida. Além de remédio, é necessário o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar. Em alguns casos, há possibilidade de cirurgia no cérebro

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Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da doença é baseado na avaliação dos sintomas e no exame neurológico. Detectar a condição precocemente é essencial para melhorar o manejo da doença.

“Embora não haja cura, intervenções multidisciplinares que incluem medicamentos, fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia e, em casos selecionados, tratamento cirúrgico, podem ajudar significativamente a controlar os sintomas e retardar a progressão da doença”, diz Alander.

Entre as opções terapêuticas, estão medicamentos e intervenções como a estimulação cerebral profunda.

“Para indicar a estimulação profunda cerebral, o paciente deve passar por avaliação neuropsicológica e por exames de imagem. Quando bem indicada, a cirurgia pode minimizar os sintomas e proporcionar melhora significativa na qualidade de vida, embora não represente uma cura”, explica Matheus.

Há formas de prevenção?

A causa exata da doença de Parkinson ainda é desconhecida, mas alguns hábitos podem ajudar a proteger a saúde cerebral.

“A prática regular de atividade física, uma dieta rica em antioxidantes e a manutenção de hábitos saudáveis são importantes. Além disso, evitar a exposição a pesticidas e outros neurotóxicos tem sido associado a um menor risco de desenvolver a doença”, finaliza Alander.

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Fonte: Metrópoles

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