Mulheres são o “calcanhar de Aquiles” do bolsonarismo, diz professora

A cientista política Graziella Testa, professora da Fundação Getulio Vargas (FGV) de Brasília, falou sobre o papel da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, no cenário político brasileiro. Em entrevista à CNN, Graziella disse que as mulheres representam o “calcanhar de Aquiles” do bolsonarismo, o que torna a figura de Michelle particularmente relevante.

A movimentação em torno de Michelle Bolsonaro ganhou força após resultados de pesquisas eleitorais recentes. Levantamento Genial/Quaest divulgado na última quinta-feira (5), mostra a ex-primeira-dama tecnicamente empatada com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em eventual segundo turno da eleição de 2026.

No entanto, a cientista política aponta que o bolsonarismo não tem apostado fortemente nela. Uma das razões para isso, segundo a professora da FGV, é a intensa disputa pelo legado político de Bolsonaro. “Todo mundo quer o legado de Bolsonaro e a fila está longa”, observa.

Essa competição interna pode ofuscar o potencial de Michelle como figura de liderança, avalia Graziella. A cientista política ressalta que as mulheres, especialmente as evangélicas, foram cruciais na derrota de Bolsonaro nas últimas eleições.

“Se as mulheres evangélicas tivessem votado de forma mais parecida com o que os homens evangélicos votaram, ou mesmo as mulheres não evangélicas, Bolsonaro poderia ter tido um resultado melhor na última eleição presidencial. “As mulheres são ‘calcanhar de Aquiles’ do Bolsonaro”, explica.

Discurso reacionário e falta de experiência

Graziella também aponta que o discurso voltado às mulheres no campo conservador tende a ser reacionário, buscando “resgatar um passado ou um outro momento em que as mulheres estavam em outro local”. Isso pode dificultar o apoio a uma figura feminina de destaque dentro do movimento.

Além disso, Graziella expressa surpresa com a possibilidade de se promover alguém com “total falta de experiência de gestão” para uma posição de liderança. No entanto, reconhece que a promoção do nome de Michelle pode ser interessante para a família Bolsonaro, já que ela foi a que menos sofreu com as controvérsias relacionadas à pandemia.

“Para Bolsonaro, manter o nome da família em evidência, seja através de uma candidatura à presidência da República, ao Senado, ou simplesmente para manter a estrutura do partido sob controle familiar, é de grande importância estratégica”, conclui.

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