Luciano Spalletti comandou a seleção italiana pela última vez nesta segunda-feira (9) e, embora tenha se despedido com uma vitória por 2 a 0 sobre a Moldávia, admitiu que não conseguiu elevar o nível da equipe durante sua passagem.
O técnico, que anunciou sua saída na véspera da partida contra a Moldávia, reconheceu os próprios erros e afirmou que não deixa um legado positivo ao seu sucessor.
“Não entrego a quem vem depois de mim uma grande seleção, porque também não fizemos uma grande partida hoje. Tentei, cometi erros, fiz experimentos. Mas não consegui tirar o melhor desses jogadores e preciso admitir isso”, disse Spalletti em sua última coletiva de imprensa.
O treinador foi demitido após a goleada por 3 a 0 sofrida contra a Noruega, resultado que comprometeu a campanha da Itália nas Eliminatórias para a Copa do Mundo já na estreia. O triunfo diante da Moldávia, em casa, não foi suficiente para reverter o cenário nem sua permanência no cargo.
Spalletti, que assumiu a Azzurra há menos de dois anos e também teve desempenho abaixo do esperado na Euro 2024, garantiu que não pensou em pedir demissão, mas compreende sua saída. “Fiz um trabalho ruim e, de certa forma, é justo que eu vá para casa”, afirmou.
A federação italiana ainda não anunciou um novo comandante, mas Claudio Ranieri é apontado como favorito ao cargo. Questionado se teria algum conselho para seu sucessor, Spalletti foi direto: “Tentei agitar as coisas quando cheguei, mas talvez tenha sido pior. Trabalhei duro e desejo o melhor à federação e ao próximo técnico.”