Veja quanto governo pretende ganhar com aumento de imposto sobre bets

O aumento da tributação sobre as empresas de apostas de quota fixa, conhecidas como bets, é um dos pontos principais da medida provisória (MP) que busca “recalibrar” o recuo referente ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A MP foi publicada junto com um novo decreto em edição extra do Diário Oficial durante a noite dessa quarta-feira (11/6).

De acordo com o Ministério da Fazenda, as taxas aplicadas sobre o faturamento das bets vão sair de 12% para 18%. A expectativa da pasta é arrecadar mais de 3,6 bilhões com as novas tributações para o setor. As mudanças passam a valer ainda neste ano.

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O órgão garante que, mesmo com as mudanças, nada muda para os prêmios pagos ao apostador e para o Imposto de Renda e a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) cobrada da empresa. Os novos aumentos serão destinados a ações da seguridade social, em específico na área da saúde, e ajudarão a intensificar combate a bets que funcionam sem a devida autorização.

Veja previsão de arrecademento com bets nos próximos anos:

  • 2025 – R$ 284 milhões
  • 2026 – R$ 1,7 bilhão
  • 2027 – R$ 1,7 bilhão

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, nesta quinta-feira (12/6), que a medida provisória deve arrecadar cerca de R$ 20 bilhões aos cofres públicos neste ano. A previsão do ministro engloba todas ações propostas pelo texto, incluindo outras questões além das bets.

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“Por exigência da lei, tenho que compensar a queda do IOF com esse conjunto de medidas. Esse conjunto de medidas atende à meta fiscal desse ano. Essa questão que deve gerar alguma coisa [um] pouco menos de R$ 20 bilhões”, disse Haddad.

Entenda as medidas adotadas e revertidas

O Executivo publicou um conjunto de medidas, alinhadas com o Congresso, para “corrigir distorções” e manter o equilíbrio das contas públicas. As ações foram tratadas nos últimos dias entre Haddad, os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e líderes partidários das duas Casas.

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa de reunião na Câmara dos Deputados nessa quarta-feira (11/6).

Hugo Barreto/Metrópoles
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa de reunião na Câmara dos Deputados

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Fernando Haddad, ministro da Fazenda

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Fernando Haddad e parlamentares

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Fernando Haddad, ministro da Fazenda

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Ministro Fernando Haddad

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Lideranças políticas e ministro Fernando Haddad discutem alternativas ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF)

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Além das medidas apresentadas para cumprir a meta fiscal, o Ministério da Fazenda editou o decreto do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) com alíquotas reduzidas. O recuo ocorre após pressão de parlamentares e de agentes financeiros.

Mudanças no IOF:

  • A alíquota fixa do IOF referente ao crédito à pessoa jurídica foi reduzida de 0,95% para 0,38%.
  • O IOF sobre o chamado “risco sacado” (operação de crédito que permite a antecipação de recebíveis) também foi revisto e não terá mais alíquota fixa, apenas a diária, de 0,0082% — uma redução de 80% na tributação do risco sacado.
  • Alíquota fixa de 0,38% na aquisição de cotas de Fundos de Investimento em Direito Creditório (FDIC).
  • Redução dos aportes de seguros do tipo VGBL. Em 2025, o IOF passa a incidir somente sobre o valor que ultrapassar os R$ 300 mil. A partir de 1º de janeiro de 2026, o IOF nos aportes de VGBL passa a incidir sobre o excedente de R$ 600 mil.
  • No IOF câmbio, o resgate de investimentos diretos estrangeiros feitos no Brasil será isento de tributação, a exemplo do que já ocorre com o retorno de investimentos no mercado financeiro e de capitais.

Medidas para compensar recuo:

  • Cobrar alíquota de 5% nas novas emissões de títulos que hoje são isentos de Imposto de Renda, como LCI, LCA, CRI, CRA e debêntures incentivadas;
  • Unificar em 17,5% a alíquota de IR sobre rendimentos de aplicações financeiras independente do tempo de investimento. A cobrança era feita de forma escalonada, de 15% a 22,5% — que varia conforme o prazo de investimento.
  • Ajustar a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) para instituições financeiras, que passa a variar entre 15% e 20% após a eliminação da alíquota reduzida de 9% para fintechs.
  • Aumentar a taxação da receita líquida (GGR) das bets dos atuais 12% para 18%; e
  • Tributação de criptoativos.



Fonte: Metrópoles

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