Luto no samba. Na noite de sábado, 14 de junho, o Brasil perdeu uma de suas vozes mais marcantes. Aos 88 anos, morreu Ubirajara Félix do Nascimento, popularmente chamado de Bira Presidente.
O músico estava internado no Hospital da Unimed Ferj, localizado na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. De acordo com informações confirmadas, Bira lutava contra complicações de saúde decorrentes do câncer de próstata e do Alzheimer.
Figura emblemática, Bira fundou com os irmãos o tradicional bloco Cacique de Ramos, além de integrar o grupo Fundo de Quintal desde sua origem. Sua trajetória ajudou a consolidar o samba de raiz no cenário musical brasileiro, influenciando gerações e mantendo acesa a chama da cultura popular carioca.
A notícia abalou a comunidade do samba e mobilizou diversos artistas. Nas redes sociais, nomes de peso expressaram tristeza com a perda. Entre os que prestaram homenagens, estão por exemplo Belo, Xande de Pilares e Marcelo D2. As manifestações também vieram de artistas como Suel, Paula Lima, Vavá, Tiee e do grupo Art Popular.
Legado eterno de Bira Presidente
As palavras de carinho e reconhecimento se multiplicaram na internet ao longo do fim de semana. Amigos, fãs e colegas de trajetória destacaram o papel fundamental de Bira na história do samba. Ele não apenas criou ritmos, mas também fortaleceu movimentos culturais importantes, como o pagode carioca, que teve origem nas rodas formadas no Cacique de Ramos.
Até o momento, não há confirmação sobre o local do velório ou do sepultamento. Bira deixa duas filhas, Karla Marcelly e Christian Kelly, além dos netos Yan e Brian e da bisneta Lua. Seu legado, porém, permanece vivo entre os batuques, tantãs e tambores que ele tanto amava.
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Fonte: OFuxico