Dia do Cinema Brasileiro: 11 filmes para citar no vestibular

O Dia do Cinema Brasileiro é celebrado nesta quinta-feira (19). Os estudantes que estão se preparando para os vestibulares podem utilizar as produções nacionais para adquirir repertório.

Segundo Luã Marins, que atua como Diretor de Ensino da Inspira Rede de Educadores, muitos filmes brasileiros abordam questões históricas, sociais e culturais que aparecem com frequência no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e demais vestibulares.

“Assistir alguns deles é uma boa maneira de aproveitar o tempo livre e, ao mesmo tempo, ampliar o repertório para a redação e argumentações nas questões interdisciplinares. Mesmo não sendo dedicado exclusivamente ao estudo, é uma excelente oportunidade para refletir sobre o contexto brasileiro e seus desafios”, explica Marins.

Veja abaixo:

“Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964)

Dirigida por Glauber Rocha, a produção é considerada um marco do Cinema Novo. No longa, Manuel é um vaqueiro que se revolta contra a exploração imposta pelo coronel Moraes e acaba matando-o numa briga. Ele passa a ser perseguido por jagunços, o que faz com que fuja com sua esposa Rosa. Entre os temas abordados, e que podem ser utilizados pelo estudante, estão fanatismo religioso, violência e coronelismo e justiça social.

“Carlota Joaquina: Princesa do Brasil” (1995)

A comédia aborda, com sarcasmo e ironia, o período da chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil. Foi um marco da retomada do cinema nacional na década de 1990. Entre os temas abordados pela obra estão colonialismo e identidade nacional.

“Central do Brasil” (1998)

Dora, uma ex-professora, ganha a vida escrevendo cartas para analfabetos na estação Central do Brasil, no Rio de Janeiro. Cética e distante, ela vê sua rotina mudar ao conhecer Josué, um menino que acaba de perder a mãe. Ambos acabam em uma viagem pelo sertão nordestino em busca do pai que ele nunca conheceu.

Marins destaca que a obra é sensível ao tratar de desigualdade social, vínculos afetivos e pertencimento. “Pode ser mencionada em temas diversos, desde analfabetismo e etarismo aos impactos da ausência paterna”, afirma.

“O Auto da Compadecida” (2000)

O longa acompanha as aventuras dos nordestinos João Grilo e Chicó. A dupla luta para sobreviver aplicando golpes no pequeno vilarejo de Taperoá, no sertão da Paraíba. A dupla tem a chance de se redimir com a aparição de Nossa Senhora. Entre os temas abordados estão a pobreza e desigualdade social e a religiosidade.

“Memórias Póstumas de Brás Cubas” (2001)

Após ter morrido, em 1869, Brás Cubas decide narrar sua história e revisitar os fatos mais importantes de sua vida. A partir de então ele relembra amizades como a de Quincas Borba, sua formação acadêmica em Portugal, amores e ainda o privilégio que teve de nunca ter precisado trabalhar em sua vida. Inspirado na obra de Machado de Assis, o filme aborda temas como morte e visão pós-morte, além de trazer críticas à elite.

“Cidade de Deus” (2002)

Buscapé é um jovem pobre que cresce na Cidade de Deus, a comunidade mais violenta do Rio de Janeiro. Com talento para a fotografia, ele registra o dia a dia da comunidade. O longa traz temas como violência urbana, criminalidade e desigualdade social.

“Hoje Eu Quero Voltar Sozinho” (2014)

Leonardo é um adolescente cego que busca mais independência. A chegada de um novo colega de escola desperta sentimentos inéditos e o leva a vivenciar o primeiro amor, enquanto lida com a descoberta da própria identidade.

“Hoje Eu Quero Voltar Sozinho” aborda temas como bullying, deficiência visual e diversidade sexual, trazendo à tona discussões importantes sobre acessibilidade, inclusão e respeito às diferenças.

“Que Horas Ela Volta?” (2015)

O longa acompanha Val, empregada doméstica na casa de uma família de classe média em São Paulo. Quando sua filha vem do Nordeste para prestar vestibular, as regras silenciosas da casa passam a ser questionadas. O longa trata da desigualdade social e propõe debates sobre preconceito, relações de classe e direitos trabalhistas.

“Bacurau” (2019)

Pouco após a morte de dona Carmelita, aos 94 anos, os moradores de um pequeno povoado localizado no sertão brasileiro, chamado Bacurau, descobrem que a comunidade não consta mais em qualquer mapa. Aos poucos, percebem algo estranho na região: enquanto drones passeiam pelos céus, estrangeiros chegam à cidade pela primeira vez. Entre os temas abordados pelo filme dirigido por Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles estão violência social e colonialismo.

“Doutor Gama” (2021)

Inspirado na história real de Luiz Gama, ex-escravizado que se tornou um dos primeiros advogados negros do Brasil, o filme mostra sua atuação como ativista e defensor da pauta racial no século XIX.

Em “Doutor Gama” são abordados temas como racismo estrutural, cidadania e justiça social. “A narrativa reflete sobre o passado escravocrata do país e suas consequências atuais. É uma ótima referência para redações com temas ligados à desigualdade racial, ao acesso à justiça e à luta por direitos civis”, afirma Marins.

“Ainda Estou Aqui” (2024)

O vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro 2025 reconstrói a história real de Eunice Paiva, viúva de Rubens Paiva. O deputado foi cassado e preso e morto pela ditadura militar em 1971.

A narrativa acompanha a luta silenciosa de Eunice por justiça, ao mesmo tempo em que cria sozinha os cinco filhos, entre eles Marcelo Rubens Paiva, autor do livro que inspirou o longa. Dirigido por Walter Salles, “Ainda Estou Aqui” discute temas como memória coletiva e ruptura familiar.

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