Bocalom inicia o segundo mandato com a cara do primeiro: pouquíssima produtividade, promessas descumpridas, desgaste com servidores públicos, problemas na Saúde, na Educação e Produção, e uma lista interminável de cabos eleitorais que levantaram bandeira na campanha dele aguardando nomeação. Tudo isso e mais: uma briga intensa pelo poder dentro da prefeitura.
O secretário da Casa Civil, Valtim José, ex todo poderoso e dava as cartas depois de Bocalom, vai vendo o secretário de articulação política Jhonatan Santiago aumentar sua influência junto às decisões do prefeito. Ele teve também o seu poder minado por quem menos esperava: a esposa de Bocalom, nomeada secretária pessoal do marido prefeito.
Valtim já não trata diretamente com empreiteiros e empresários sobre os suspeitos contratos com a gestão pública. Os encontros, sempre em sua sala, tinha exigências estranhas, dentre elas o fato de o visitante não poder usar celular.
Kellen Nunes passou a dar as ordens e avalizar ou reprovar decisões da administração, extrapolando as atribuições anteriormente anunciadas, de cuidar apenas da agenda do marido e acompanhá-lo em viagens dentro e fora do Acre. Até uma trava eletrônica foi instalada no corredor, com câmeras por dentro e um dispositivo controlado por ela, capaz de observar quem chega ali. Só entra quem o casal autorizar.
Até a definição sobre algumas nomeações e exonerações passou a ser decisão de Kelen, que analisa previamente e encaminha para Valtin encaminhar ao Diário Oficial.
Valtim estaria irritado, mas desfruta de uma secretaria com orçamento milionário e não seria bom testar o seu poder de barganha nesse momento, causando saia justa logo com a primeira Dama. Aliados passaram a chamar Valtim de ajudante de ordens de Kellen Nunes. E ele, cabisbaixo, já não se impõe como antes.
Por que será?