O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, deve convocar uma reunião ainda nesta quinta-feira (26) para discutir o futuro da estratégia israelense em Gaza, segunda uma fonte familiarizada com o assunto.
Isso acontece um dia após o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmar estar “muito perto” de fechar um acordo sobre o conflito.
A fonte falou à CNN que uma pequena equipe de ministros e altos funcionários da defesa compareceria e que Israel ainda estava interessado na estrutura proposta pelo enviado dos Estados Unidos, Steve Witkoff, que prevê um cessar-fogo em troca da libertação de reféns israelenses, vivos e mortos.
Dentro do governo, partidos de ultradireita querem continuar as operações militares em Gaza até que o Hamas seja erradicado.
Mas, em uma entrevista na quarta-feira (25), o líder do partido religioso Shas, Aryeh Deri, disse acreditar que “uma grande oportunidade surgiu em relação aos reféns em Gaza e, em geral, à guerra em Gaza […] – Acredito que agora, mais do que nunca, as condições para encerrar a guerra em Gaza foram criadas”.
O partido Shas faz parte da coalizão governista.
Trump falou na quarta-feira (26) que acreditava que ataques americanos às instalações nucleares do Irã poderiam ajudar a alcançar um avanço em Gaza e que estava “muito perto” de fechar um acordo sobre o conflito.
A proposta mais recente do enviado Steve Witkoff prevê a libertação de 10 reféns israelenses e dos corpos de outros 18 capturados em 7 de outubro de 2023, como parte de um cessar-fogo de 60 dias.
No início deste mês, o grupo Hamas afirmou não ter rejeitado a proposta, mas exigir garantias mais fortes ao final da guerra.
O Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas solicitou a expansão do cessar-fogo entre Israel e o Irã para incluir Gaza.
50 reféns permanecem em cativeiro no território, dos quais se acredita que 20 ainda estejam vivos, segundo o governo israelense.