A polêmica entre Congresso e Governo por conta da derrubada do IOF, segue rendendo episódios quentes no cenário político do país. O clima entre boa parte dos governistas é de empolgação: com o posicionamento de Lula e de seu ministro, Fernando Haddad, em não ceder à tentativa do Congresso de alienar o presidente, a militância entrou no clima e fez barulho nas redes sociais.
No embalo, calculado, o presidente deu a entender em suas declarações que abraçou a bandeira dos “ricos x pobres” de bom grado. O Congresso não gostou das críticas da população, se sentiu atacado com as cobranças resultantes do debate. Diante de tentativas gerais de amenizar uma situação entre poderes já inflamada, Lula aproveitou para elogiar o Congresso afirmando que é grato ao trabalho, que aprovaram 99% das pautas enviadas e que, na discordância de pensamentos natural de um regime democrático, o diálogo é a saída.
E fez questão de mandar um forte recado: seu governo não acabou.
Em participação no programa, o doutor em em Ciência Política pela USP, Fábio Kerche, lembra e explica porque Lula não deve ser considerado uma carta fora do baralho: “quem está querendo decretar o fim, a morte política do presidente Lula, esquece que ele já renasceu várias vezes. É um nome forte, muito competitivo.”
“Eu só tenho um ano e meio de mandato, tem gente pensando que o governo acabou. Mas eles não sabem o que eu estou pensando. Se preparem, porque se acontecer tudo que eu estou pensando, este país vai ter pela primeira vez um presidente eleito quatro vezes”, concluiu o presidente.
A declaração foi dada durante cerimônia para anúncio de investimentos de mais de R$ 33 bilhões em refino e petroquímica, no Rio de Janeiro.
Fonte: Metrópoles