CEO de federação critica Hugo Calderano após problema com visto

Principal mesa-tenista brasileiro, Hugo Calderano foi criticado publicamente por Steve Dainton, CEO da Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF), após o atleta ficar fora de torneio dos Estados Unidos por um problema no visto. A assessoria do jogador alega uma viagem a Cuba, em 2023, como impeditivo.

“Ser profissional exige mais que desempenho”, disse o CEO, em entrevista ao site oficial do WTT Grand Smash, competição que Calderano disputaria em Las Vegas. O dirigente ainda isentou a responsabilidade da entidade.

“É uma grande decepção que o Hugo não tenha podido vir. Ele é um jogador incrível, com resultados recentes que mostram que ele é atualmente um dos melhores do mundo. Tê-lo em seu continente também era importante para nós”, continuou.

“Mas temos incentivado os jogadores a se prepararem com meses de antecedência para os vistos, e aqueles que se planejaram planejados não tiveram grandes problemas. A USATT tem dado uma ajuda incrível com isso. Isso é um lembrete de que ser profissional exige mais do que apenas desempenho na mesa; significa também assumir a responsabilidade por tudo que acontece fora dela”, completou.

O que aconteceu?

O mesa-tenista Hugo Calderano foi impedido de viajar aos EUA e está fora do WTT Grand Smash Las Vegas. O atleta foi impedido de entrar no país, por conta de uma ida a Cuba, em 2023, para um campeonato.
Por ter cidadania portuguesa, o brasileiro precisa apenas informar a sua entrada por meio de Sistema Eletrônico para Autorização de Viagem (ESTA, em inglês), já que os países da União Europeia fazem parte do Programa de Isenção de Visto.
“Segui o mesmo protocolo de todas as viagens anteriores que fiz aos Estados Unidos utilizando o meu passaporte português. Ao ser informado sobre a situação, mobilizei toda a minha equipe para conseguir um visto regular de emergência, mas, infelizmente, não houve tempo hábil”, disse o brasileiro em comunicado em seu site.
Calderano fez o procedimento, mas a confirmação dos Estados Unidos demorou mais do que o habitual e o atleta entrou em contato com as autoridades americanas.
Por lá, o mesa-tenista descobriu que por ter ido a Cuba em 2023, para a disputa do Campeonato Pan-Americano e do evento de qualificação para os Jogos Olímpicos de Paris, ele não estava mais elegível para a dispensa do visto.
“É frustrante ficar fora de uma das mais importantes competições da temporada por questões que fogem do meu controle, especialmente vindo de resultados tão positivos”, completou Hugo.

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