Super Tucanos: conheça caça usado pela FAB para interceptar aviões no Brics

Durante a operação especial de segurança montada para a Cúpula do Brics, realizada entre os dias 4 e 7 de julho no Rio de Janeiro, a Força Aérea Brasileira (FAB) utilizou os caças A-29 Super Tucano em ações de policiamento do espaço aéreo. Entre sábado (5) e domingo (6), pelo menos três aeronaves foram interceptadas.

Essas operações ocorreram conforme o planejamento coordenado pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) e pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), com base no decreto que regula as medidas de segurança aérea durante eventos de alto nível.

Além dos A-29, a FAB utilizou aeronaves E-99 de vigilância eletrônica e ativou a Sala Master de Comando e Controle no Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), com autonomia para autorizar, suspender ou cancelar voos na região.

Entenda interceptações de aviões no Brics e como funcionam os caças da FAB

Desenvolvimento e características do A-29 Super Tucano

O A-29 Super Tucano é uma das principais aeronaves da categoria caça leve atualmente em operação no Brasil. Desenvolvido pela Embraer a partir da década de 1990, o projeto teve origem em uma modificação do modelo Tucano, que recebeu reforços estruturais e novos sistemas para desempenhar missões de combate.

Inicialmente chamado ALX, o modelo realizou seu primeiro voo em 2 de junho de 1999. A FAB, principal interessada no programa, encomendou 99 unidades — 49 da versão monoposto (A-29A) e 50 da versão biposto (A-29B). As primeiras entregas ocorreram em 2004.

O A-29 foi incorporado à FAB como parte de uma estratégia de reformulação operacional, com foco em ampliar a capacidade de patrulhamento de fronteiras, realizar missões de ataque leve e formar novos pilotos de caça. Com perfil multimissão, o Super Tucano é utilizado em ações como interceptação de aeronaves de baixa velocidade, policiamento aéreo, ataque ar-superfície e treinamento avançado.

O modelo também possui presença internacional, com unidades operando em diversos países .

Entre as características operacionais da aeronave estão a capacidade de operar em pistas não preparadas, como em regiões desérticas, áreas arenosas ou em ambientes úmidos como a Amazônia.

Seu sistema de aviônicos modernos oferece ao piloto recursos compatíveis com a aviação contemporânea, facilitando a condução das missões tanto em voos diurnos quanto noturnos. O sistema EO/IR permite coleta de imagens para ataques de alta precisão.

O A-29 também é usado em treinamentos avançados, como no Esquadrão Joker, responsável pela formação de pilotos de caça da FAB. Além disso, desde 2015, a aeronave passou a equipar a Esquadrilha da Fumaça, o time de demonstração aérea da Força Aérea. Com ela, novas manobras foram incorporadas às apresentações, como o chumbóide e o lancevak.

Apesar do uso em demonstrações, o foco principal do A-29 permanece nas missões operacionais de ataque leve, vigilância, apoio aéreo e formação de pilotos. A combinação entre custo-benefício, facilidade de manutenção e versatilidade operacional sustenta o papel da aeronave nas ações da FAB, como as realizadas durante a cúpula do Brics.

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