Taís Araújo domina confronto com Bella Campos e ‘baila’ em ‘Vale Tudo’

A esperada virada em “Vale Tudo” exibida na noite de segunda-feira, 7 de julho, marcou um novo ritmo na novela das 21h. A trama entrou, enfim, na fase “quente” prometida pela Globo.

As chamadas já vinham antecipando a revelação do segredo de Maria de Fátima (Bella Campos) e a expectativa pelo embate entre ela e Raquel (Taís Araujo) crescia a cada capítulo. No entanto, o tão aguardado acerto de contas entre mãe e filha só ganhou força graças à presença dominante de Taís.

Saiba detalhes da cena em que Raquel rasga o vestido de Fátima

Em menos de dez minutos, a atriz entregou uma atuação segura, com nuances emocionais que iam da incredulidade à dor, passando por uma indignação contida que explodiu no tempo certo.

A forma como ela conduziu cada linha de diálogo revelou maturidade cênica, domínio técnico e profundidade emocional. Taís Araújo não só ocupou o centro da cena como imprimiu um peso dramático que manteve o público atento, sem espaço para distrações.

Enquanto isso, Bella Campos demonstrou insegurança em uma cena que exigia impacto. A reação da personagem diante do confronto foi morna. Faltou à atriz a mesma entrega corporal e vocal que Gloria Pires imprimiu em 1988.

Bella ainda busca seu lugar na trama, mas ficou explícito que sua Maria de Fátima carece de intensidade. A expressão vazia e os gestos apáticos comprometeram o momento que deveria gerar revolta nos telespectadores.

Débora Bloch ‘evoca’ Odete com elegância e veneno

Apesar de não estar no centro do conflito entre mãe e filha, Débora Bloch fez valer cada segundo em que apareceu no episódio. Sua Odete Roitman, agora em fase mais ativa na trama, surge como figura essencial para o colapso moral que permeia o universo da novela.

A atriz entrega uma personagem fria, calculista e ao mesmo tempo refinada, que destila ironia com elegância.

A escolha por uma Odete menos caricatural que a versão anterior mostra o quanto Débora entende a força do subtexto. Ela transforma até o silêncio em discurso, sempre com olhar duro e entonação precisa.

A personagem carrega um veneno sutil, sem perder a postura aristocrática. Enquanto muitos se perdem em gestos exagerados, Débora faz mais com menos — e isso se traduz em presença.

Odete, sob a pele da atriz, ganha uma atualidade que assusta. Sua crítica à ética frouxa da sociedade continua válida. E Bloch acerta ao tornar sua vilania menos teatral e mais institucional. Há algo de corporativo em sua maldade — o que a torna ainda mais real.

Malu Galli emociona sem dizer muito e reforça qualidade

Outro nome que merece destaque é o de Malu Galli. Em cena com pouco texto, mas de forte carga emocional, sua personagem, Celina, reagiu ao confronto familiar com uma expressão de indignação e olhos marejados.

Raquel e Ivan reatam o namoro

A personagem, até aqui discreta, mostrou-se central na dinâmica dos conflitos morais da história. A força do momento não partiu de falas extensas, mas da forma como Malu observava. Havia julgamento, medo, impotência e compaixão.

Cada um desses sentimentos se revelava no rosto da atriz, sem uma palavra sequer. Foi ali que ela provou ser uma das intérpretes mais técnicas e sensíveis do elenco.

Essa contenção dramática, tão rara em novelas de horário nobre, trouxe veracidade à cena e quebrou a previsibilidade de grandes explosões. Malu Galli reafirmou que boa atuação não depende apenas de falas, mas de escuta, de presença e de tempo de cena.

Reviravolta revela abismos entre gerações de atrizes

Embora a novela caminhe bem com elenco sólido e direção atenta, o capítulo expôs um contraste que não pode ser ignorado. Ao lado de veteranas como Taís, Débora e Malu, Bella Campos apareceu deslocada. Faltou à atriz a capacidade de ler a densidade da cena e mergulhar nela com convicção.

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Maria de Fátima é uma personagem complexa, que exige ambiguidade, audácia e intensidade. Até agora, Bella vem entregando pouco além de beleza plástica. Seu texto sai sem urgência, os gestos não acompanham o drama do roteiro e a energia cênica não alcança quem assiste.

Essa diferença de entrega entre gerações não desvaloriza em absoluto a atriz novata, mas serve como alerta.

A televisão, especialmente o horário nobre da Globo, exige mais que presença de tela. Exige estudo, escuta e coragem de errar para crescer.

Enquanto isso, Taís Araújo reafirma seu posto como uma das grandes protagonistas da dramaturgia atual. Débora Bloch prova, mais uma vez, que sabe fazer vilã como poucas. E Malu Galli, mesmo com breves aparições, mostra que consistência e sutileza ainda valem muito na televisão brasileira.

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Fonte: OFuxico

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