Professor se explica após post sobre filha de Justus: leia na íntegra

O professor aposentado Marcos Dantas, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), publicou uma nota em suas redes sociais direcionada ao empresário Roberto Justus, após a repercussão de um comentário feito por ele na plataforma X (antigo Twitter).

Dantas havia respondido a uma crítica contra Justus — que mostrava a filha do empresário, Vicky, de 5 anos, com uma bolsa avaliada em R$ 14 mil — com a frase “Só guilhotina”. O comentário gerou polêmica, e o professor veio a público dizer que se tratava de uma metáfora, e não de uma ameaça.

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“Uma imagem, repito, imagem, ‘print’, chegou-me, do jeito aleatório que chega no X, acompanhada de um comentário de pessoa com a qual volta e meia troco mensagens, fazendo referência a outro fato histórico, pelos mesmos motivos — igualmente violento e dramático. Eu, inspirado na famosa frase de Maria Antonieta — ‘se não tem pão, comam biscoitos’ — respondi com a dita metáfora. Entendo ser um símbolo dramático que nos alerta a todos da tragédia que se pode seguir a tanta insensibilidade social”, escreveu Dantas.

Ele negou qualquer intenção de violência: “Nem de longe, em momento algum, passou pela minha cabeça fazer qualquer ameaça pessoal ao senhor, sua esposa ou sua filha. Isso seria um absurdo!”

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Ana Paula Siebert e Roberto Justus reagem após ataques de ódio à filha

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Vicky costuma aparecer em postagens feitas pelos pais

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Print dos ataques à filha Roberto Justus

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Print dos ataques à filha Roberto Justus

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Pedido de desculpas

O post foi publicado na conta de Dantas no X, com o perfil de Justus marcado. Poucas horas depois, a conta do professor foi tornada privada, restringindo o acesso de não seguidores.

No texto, Dantas ainda afirma que, aos 77 anos, com a vida realizada, não teria motivos para ressentimentos ou atitudes hostis. Ele fez referência ao samba “O Dia em Que o Morro Descer E Não For Carnaval”, de Wilson das Neves, como um alerta ao risco de explosões sociais motivadas por desigualdade.

“Temo que se concretize o vaticínio cantado por Wilson das Neves em seu samba: ‘No dia em que o morro descer e não for carnaval, ninguém (inclusive eu) vai ficar pro desfile final’”.

O professor conclui pedindo desculpas, caso o conteúdo tenha causado preocupação. “Não tive, não tenho, não passou pela minha cabeça ameaçar sua família. Mas se, por obra desses incontroláveis fatores próprios da internet, o post lhe chegou ao conhecimento e causou-lhe tantas e compreensíveis preocupações, peço sinceramente que me desculpe.”

A UFRJ, em nota, informou que Marcos Dantas está aposentado desde 2022 e que suas postagens são de cunho pessoal. A universidade reforçou que é “historicamente comprometida com a construção de um projeto de Nação, por meio do conhecimento e da ciência; baseia-se na defesa dos valores humanistas, na educação, na democracia e no diálogo em prol do Brasil”.

Leia a nota na íntegra:

Uma metáfora tornou-se ameaça de crime Marcos Dantas Era para ser, e continua sendo, uma simples metáfora, aliás volta e meia empregada por alguém no X (ex-Twitter). Uma referência simbólica a um evento dramático, mesmo trágico, que marcou para sempre a história da humanidade: a Revolução Francesa. Qual a causa dessa revolução? Uma realidade de profunda desigualdade social, alimentando o radicalismo politico.

Uma imagem repito, imagem, “print” chegou-me, do jeito aleatório que chega no X, acompanhada de um comentário de pessoa com a qual volta e meia troco mensagens pelo X, fazendo referência a outro fato histórico, pelos mesmos motivos igualmente violento e dramático. Eu, inspirado na famosa frase de Maria Antonieta – “se não tem pão, comam biscoitos” respondi com a dita metáfora.

Entendo ser um símbolo dramático que nos alerta a todos da tragédia que se pode seguir a tanta insensibilidade social. Sr. Justus, Nem de longe, em momento algum, passou pela minha cabeça fazer qualquer ameaça pessoal ao senhor, sua esposa ou sua filha. Isso seria um absurdo!

Aos 77 anos de idade e vida realizada, felizmente sem motivos para complexos ou ressentimentos, sei muito bem, política e eticamente, que não resolveremos nossos graves problemas sociais, que o senhor certamente não ignora, através de violência social, muito menos individual. Porém temo que se concretize o vaticínio cantado por Wilson das Neves em seu samba “No dia em que o morro descer e não for carnaval/ Ninguém [inclusive eu] vai ficar pro desfile final”…

Lembrar aquelas tragédias históricas, pode servir (gostaria que servisse) para alertar a todos quanto a situações que só estimulam, nas mentes mais simplórias, explosões de raiva. Repito: não tive, não tenho, não passou pela minha cabeça ameaçar sua família. Mas se por obra desses incontroláveis fatores próprios da internet, o post chegou a conhecimento e causou-lhe tantas e compreensíveis preocupações, peço sinceramente que me desculpe.



Fonte: Metrópoles

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