O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse, nesta quarta-feira (9/7), que aguarda o que chamou de “definição do perímetro da compra” do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB) para finalizar a análise da viabilidade da operação. A autoridade monetária disse ainda que não cabe ao BC “julgar conveniência” do negócio, mas suas questões técnicas.
“As duas instituições estão definindo o perímetro da operação e, a partir daí, o Banco Central faz uma análise da viabilidade da operação, sem julgar a conveniência para os seus acionistas para a operação”, explicou o presidente do BC.
Ele completou: “Uma vez concluído o que seria o perímetro, a intenção, vamos dizer assim de um banco vender para o outro, a equipe do Banco Central se debruça sobre esse tema para poder analisar”.
A declaração foi dada durante audiência pública convocada pela Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara dos Deputados. Os requerimentos foram feitos pelos deputados Florentino Neto (PT-PI), Laura Carneiro (PSD-RJ) e Pauderney Avelino (União-AM).
Galípolo foi convidado para falar sobre a atuação do banco na economia e a prestar esclarecimentos sobre a eventual autorização da aquisição do Banco Master pelo BRB.
Leia também
-
Câmara aprova convite para Galípolo falar da compra do Master pelo BRB
-
BRB diz desconhecer auditoria do BC e nega irregularidades na compra de ativos do Master
-
CLDF dispensa análise da compra do Banco Master pelo BRB
-
Veja o que diz parecer do Cade que aprovou a compra do Master pelo BRB
BC analisa viabilidade da operação
Galípolo reforçou, na audiência, que o BC “não julga a conveniência da aquisição de ativos, ou fusão e aquisição”. Ou seja, não está na alçada da autoridade monetária avaliar se as instituições estão fazendo “um bom ou mau negócio”, nas palavras do presidente.
“Ao falar de aquisição ou fusão de bancos, o Banco Central não julga a conveniência da aquisição de ativos, ou fusão e aquisição. O Banco Central não tem no seu mandato a prerrogativa de falar assim: ‘acho que você está fazendo um bom negócio ou um mau negócio para o comprador ou vendedor’. Não está dentro da minha alçada poder analisar isso”, concluiu.
Ele frisou que o único papel do BC é analisar a viabilidade da operação, seja de aquisição ou fusão de bancos. Segundo Galípolo, a autoridade monetária segue pedindo informações aos bancos envolvidos para saber a dimensão do perímetro.
Fonte: Metrópoles