Entenda a cirurgia feita por Edu Guedes para tratar tumor no pâncreas

O apresentador Edu Guedes, de 51 anos, passou por uma pancreatectomia corpo-caudal com esplenectomia, procedimento que envolveu a retirada da cauda do pâncreas e do baço. A cirurgia foi indicada após a descoberta de um tumor de 2 centímetros na cauda do órgão.

O diagnóstico aconteceu por acaso, enquanto Edu tratava uma crise renal. Segundo ele, a dor o levou ao hospital, onde exames identificaram uma pedra de 1,6 cm que precisou ser removida cirurgicamente. Durante a investigação, os médicos também encontraram vários cálculos nos rins e o tumor pancreático.

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“As pedras que pareciam ser a pior coisa do mundo, salvaram a minha vida”, disse o apresentador em vídeo publicado nas redes sociais.

 

O que é a pancreatectomia corpo-caudal com esplenectomia?

A cirurgia pela qual Edu Guedes passou, a pancreatectomia corpo-caudal com esplenectomia, é um procedimento indicado quando o tumor está localizado na parte final do pâncreas, chamada de corpo e cauda, e ainda não invadiu vasos sanguíneos ou órgãos vizinhos.

“É uma cirurgia que remove essa região do pâncreas junto com o baço, que fica muito próximo e compartilha a drenagem linfática com o órgão. Por isso, costuma ser retirado junto, para reduzir o risco de comprometimento tumoral”, explica o oncologista Hugo Tanaka, que atende em São Paulo.

Segundo ele, apesar de ser considerada menos complexa que a retirada da cabeça do pâncreas (cirurgia que exige reconstruções digestivas), o procedimento ainda é de grande porte e exige cuidados importantes no pós-operatório.

Câncer de pâncreas

  • Esse tipo de câncer ocorre quando células anormais crescem e se multiplicam no pâncreas, formando um tumor.
  • Entre os principais sintomas da condição, estão: dor abdominal ou nas costas, perda de apetite e perda de peso involuntária, icterícia (pele e olhos amarelados), urina escura e fezes claras, coceira na pele, indigestão e fadiga.
  • Dependendo do estágio da doença, o câncer de pâncreas pode ser tratado através de cirurgia, quimioterapia ou radioterapia.
  • Não há medidas específicas para prevenir o câncer de pâncreas, porém evitar o tabagismo, consumo excessivo de álcool e obesidade são boas alternativas para diminuir o risco da doença.

“Existem duas técnicas principais, a aberta e a robótica, com duração média de três a seis horas. Após a cirurgia, o paciente é monitorado na UTI, com atenção especial à função digestiva e ao risco de infecção. Como o baço é essencial para a imunidade, a retirada dele exige vacinas específicas e profilaxia contra bactérias encapsuladas”, detalha Tanaka.

Ele acrescenta que, a longo prazo, o paciente pode precisar de enzimas digestivas para ajudar na absorção de alimentos e também de acompanhamento para controle glicêmico, já que o pâncreas é responsável por produzir insulina. “O suporte nutricional e psicológico é essencial nessa fase”, diz.

A cirurgia só é indicada quando o câncer ainda está restrito ao pâncreas. “Se o tumor invade vasos importantes ou já apresenta metástases, o tratamento passa a ser feito com quimioterapia, eventualmente combinada com radioterapia. Em alguns casos, o uso da quimioterapia antes da cirurgia ajuda a reduzir o tumor e tornar o procedimento viável”, afirma.

Câncer de pâncreas

O câncer de pâncreas é considerado um dos mais agressivos e desafiadores da oncologia. O principal motivo, segundo os especialistas, é o diagnóstico tardio. Em muitos casos, a doença só é descoberta quando o tumor já se espalhou e a cirurgia curativa não é mais uma opção.

“Apenas cerca de 15 a 20% dos pacientes têm a chance de realizar a cirurgia com intenção curativa logo no diagnóstico. E esse é o caso do apresentador Edu Guedes”, afirma o oncologista clínico Marcio Almeida Paes, do grupo Oncoclínicas de Brasília.

Os sintomas, quando aparecem, costumam ser inespecíficos: dor abdominal, perda de peso, fraqueza, náuseas e, em alguns casos, icterícia. Muitas vezes, o diagnóstico ocorre por acaso, durante exames para outras condições, como aconteceu com Edu.

“Os exames mais usados são tomografia, ressonância magnética e PET-CT. A confirmação é feita por biópsia e, em alguns casos, com a dosagem do marcador tumoral CA 19-9.”, complementa Tanaka.

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Fonte: Metrópoles

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