O aumento da tarifa de importação dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros para 50% tem gerado forte apreensão no setor privado nacional. A medida afeta diretamente as exportações brasileiras para o mercado americano, considerado um dos mais competitivos do mundo.
O presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), José Ricardo Roriz Coelho, destacou durante o programa WW desta sexta-feira (11), que a elevação tarifária impacta não apenas grandes empresas, mas também médias e pequenas que integram a cadeia produtiva de produtos destinados ao mercado americano. O cenário é especialmente preocupante para o agronegócio, setor em que o Brasil mantém forte competitividade.
Diplomacia e negociações
A condução das negociações tem sido criticada pela inabilidade dos negociadores tanto do setor público quanto privado. O Brasil saiu de uma posição privilegiada, com tarifa de 10% que poucos países possuíam, para enfrentar uma sobretaxa de 50%, comprometendo severamente sua competitividade.
Roriz Coelho aponta que o debate está se desviando para questões ideológicas, em vez de focar no restabelecimento das relações comerciais com os Estados Unidos. Ele enfatiza que a verdadeira soberania de um país se baseia em indicadores como renda per capita, saúde e educação, não em embates retóricos.
O momento atual exige especial atenção, considerando o cenário global de conflitos comerciais e militares. O Brasil tinha posição vantajosa em relação a outros países concorrentes antes desta mudança tarifária, vantagem que agora está comprometida pela nova alíquota.