A procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi, demitiu na sexta-feira (11) vários funcionários do Departamento de Justiça que investigavam o presidente Donald Trump e seu envolvimento em uma suposta tentativa de anular a eleição de 2020, na qual o republicano perdeu para o democrata Joe Biden.
Cerca de 20 advogados e equipe de apoio que trabalharam na investigação com o conselheiro de Justiça, Jack Smith, foram demitidos, de acordo com uma das fontes.
Desde janeiro, o Departamento de Justiça vem demitindo funcionários que trabalharam em assuntos que envolvem Trump ou seus apoiadores, citando os poderes executivos do presidente de acordo com a Constituição dos EUA.
Anteriormente, 14 procuradores que trabalhavam na equipe de Smith foram demitidos em 27 de janeiro devido ao trabalho em casos contra Trump.
A liderança do departamento disse a esses procuradores, em cartas de demissão, que não se podia confiar neles para levar adiante a agenda do presidente republicano, devido ao seu trabalho na investigação.
Incluindo as pessoas demitidas na sexta-feira, ao todo, pelo menos 37 pessoas que trabalhavam na equipe de Smith foram demitidas desde que Trump assumiu o cargo em 20 de janeiro.
Nos últimos meses, o Departamento de Justiça também demitiu pessoas que lidaram com casos envolvendo réus que invadiram o Capitólio dos EUA em 6 de janeiro de 2021, em uma tentativa de impedir que o Congresso certificasse a vitória do então presidente Joe Biden nas eleições de 2020.
Smith abriu dois processos criminais contra Trump em 2023, acusando-o de reter ilegalmente documentos de segurança nacional e de conspirar para anular sua derrota nas eleições de 2020. Ambos foram arquivados antes de Trump retornar ao cargo.