Os preços dos aluguéis residenciais subiram 5,66% no primeiro semestre deste ano, registrando uma desaceleração nos preços em relação ao mesmo período de 2024, quando os valores somaram um avanço de mais de 8%, segundo o Índice FipeZAP de Locação Residencial.
Ainda assim, essa alta nos preços de locação se mantém acima da inflação no período. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial no país, subiu 2,99% nos primeiros seis meses do ano, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A valorização aconteceu em 34 das 35 localidades monitoradas pela pesquisa, que acompanha o preço médio de locação em anúncios na internet.
Taiane Martins, gerente de Inteligência de Mercado no Grupo OLX, disse que “desde o começo de 2023, temos observado uma moderação no ritmo de reajuste dos aluguéis, ainda que os preços continuassem subindo. Também, há sinais de que a depreciação do valor real dos aluguéis, que ocorreu durante a pandemia, já foi compensada”.
Contudo, Martins ressalta que a vitalidade da economia e, em particular, o mercado de trabalho, mantiveram o poder aquisitivo da população e viabilizou a continuidade de reajustes superiores à inflação.
Já em junho, os preços dos aluguéis subiram 0,51%, em um ritmo de desaceleração, depois de uma alta de 0,59% em maio e 1,15% em abril.
Esse movimento mensal foi liderado pelos imóveis de três dormitórios. Na outra ponta, espaços com dois dormitórios tiveram um aumento menor.
Em média, o preço de aluguel dos imóveis foi de R$ 49,23/m² no país no último mês.
Entre as localidades, a cidade de Barueri se destacou como a mais cara, a R$ 68,30/m², seguida por São Paulo e Belém.
Mesmo com essa desaceleração na alta do valor da locação, quem pensa em investir nesse segmento — adquirindo o imóvel com a finalidade de obter renda com o aluguel residencial — pode não se dar tão bem.
De acordo com o FipeZap, a rentabilidade ficou em 5,93% ao ano, taxa que se manteve em patamar inferior à rentabilidade média projetada para aplicações financeiras de referência nos próximos 12 meses.
Mas, algumas cidades se destacam para quem pensa em investir nesse segmento, a exemplo de Manaus, com uma rentabilidade de 8,44%, seguido de Belém e Recife.
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