A possível perda do status do dólar como principal moeda de valor internacional representa uma ameaça significativa à economia dos Estados Unidos. Esta perspectiva tem gerado preocupações crescentes sobre o futuro financeiro da maior economia do mundo, especialmente considerando as atuais tensões geopolíticas.
A relação entre os Estados Unidos e seus credores internacionais se assemelha a uma via de mão dupla, onde ambas as partes dependem uma da outra para manter a estabilidade econômica. Como explica o ex-diretor-geral da OMC, Roberto Azevêdo: “Quando você é um grande devedor, se o banco tem uma tremenda exposição a um único devedor, os dois estão em situação delicada”.
A atual política econômica americana busca implementar mudanças estruturais significativas, incluindo incentivos para que empresas transfiram sua produção para o território norte-americano, uma estratégia conhecida como “on-shoring”. Esta abordagem visa criar empregos e aumentar a arrecadação de impostos domesticamente.
A proposta inclui cortes tributários substanciais para apoiar o empreendedorismo e as empresas, partindo do princípio de que o crescimento econômico resultante proporcionará uma arrecadação maior do que o modelo atual de negócios.
O cenário mais provável, segundo análises, é um resultado intermediário entre as previsões mais otimistas e as mais pessimistas. As mudanças propostas representam uma revolução conceitual na forma de tratamento do sistema financeiro e orçamentário, cujos impactos ainda são difíceis de mensurar com precisão.