Índia diz que matou paquistaneses responsáveis pelas mortes na Caxemira

Três militantes responsáveis por um ataque mortal a turistas na Caxemira administrada pela Índia no início deste ano foram mortos, informou uma alta autoridade indiana a parlamentares nesta terça-feira (29).

Durante os ataques de abril, homens armados invadiram um local histórico nas montanhas da Caxemira administrada pela Índia, matando 26 pessoas, a maioria turistas indianos.

A onda de assassinatos gerou indignação em toda a Índia e desencadeou um breve, porém perigoso, conflito entre a Índia e o Paquistão.

Os militantes foram mortos em uma ação conjunta chamada Operação Mahadev, conduzida pelo Exército Indiano, pela Força Policial da Reserva Central e por policiais de Jammu e Caxemira na segunda-feira (28), informou o ministro do Interior da Índia, Amit Shah, ao parlamento indiano.

“Os responsáveis pela morte de nossos cidadãos no Vale de Baisaran eram esses três terroristas, e todos os três foram mortos”, afirmou Shah.

Ele disse aos parlamentares que os três mortos eram cidadãos paquistaneses.

A CNN contatou o governo paquistanês para obter uma resposta.

A Índia culpou o Paquistão pelo ataque, o que Islamabad negou. Nova Déli lançou ataques aéreos contra seu vizinho nas semanas seguintes, desencadeando uma resposta militar retaliatória que ceifou vidas em ambos os lados da fronteira.

Operação indiana

O ministro informou que o serviço de inteligência da Índia recebeu informações sobre a suposta localização do trio no Parque Nacional de Dachigam, nos arredores da cidade de Srinagar, em maio, e passou meses confirmando a veracidade antes de agir.

O governo indiano, liderado pelo primeiro-ministro Narendra Modi, tem sofrido imensa pressão para encontrar e punir os responsáveis pelo massacre de turistas.

O trio foi morto no mesmo dia em que o parlamento indiano convocou uma discussão especial sobre a Operação Sindoor, o nome formal dado à ação retaliatória da Índia contra Islamabad após o ataque.

A região disputada da Caxemira tem sido um ponto crítico nas relações entre a Índia e o Paquistão desde que ambos os países conquistaram a independência da Grã-Bretanha em 1947.

As duas nações que emergiram da sangrenta divisão da Índia Britânica — a Índia, de maioria hindu, e o Paquistão, de maioria muçulmana — reivindicam a Caxemira integralmente, apesar de controlarem apenas partes dela.

Meses após a independência, travaram a primeira de suas três guerras pelo território.

O conflito que se seguiu ao massacre de abril foi o pior da Índia e do Paquistão em décadas, com os dois lados avançando profundamente no território um do outro.

Após quatro dias de combates, um cessar-fogo entre os países foi anunciado pela primeira vez pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que alegou que Washington ajudou a garantir o acordo. A Índia negou o envolvimento americano nas negociações.

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